segunda-feira, abril 18, 2016

Senta-te aí!

O título tem tanto de sugestivo como de inusitado. Talvez o segundo adjetivo tenha mais a ver com o motivo da exposição que até dia 29 de maio está aberta ao público na Moagem- Cidade do Engenho e das Artes no Fundão.

A exposição "Senta-te Aí" promovida pelo jovem arquitecto fundanense Pedro Novo é uma viagem ao património particular de cadeiras que o também curador da mostra foi reunindo em casa. Dos anos 20 do século XX até 2014, cadeiras várias de sugestivo e anónimo designe. 

Algumas estiveram em lugares como o Café Aliança, o cine-Gardunha ou a Piscina Municipal do Fundão. Também há cadeiras assinadas pelo próprio Pedro Novo. Uma delas foi desenhada para uma intervenção minimalista em Lisboa.
Mas o património das cadeiras mostra-nos outras criações. Por exemplo uma dessas peças de mobiliário foi desenhada em 1978 por Gastão Machado.  

Outra, talvez das mais antigas, foi desenhada por Daciano da Costa, que a definiu como apresentando “um designe comprometido que se destinava a equipar espaços de trabalho”.

Depois há também uma cadeira de Eduardo Anahory que foi desenhada em 1959 para casa de lazer pois é constituída por madeira e lona.
José Espinho é porventura o nome do desenhador mais vezes repetido na mostra.
E por fim, destaco uma cadeira (a da imagem) do arquitecto Raul Chorão Ramalho datada de 1955.

As cadeiras de aço da década de 40 do século XX e o banco rotativo hospitalar ou a cadeira de projectista do cine Gardunha em madeira e aço da década de 50 do século passado.

Uma cadeira parideira, outra cadeira mas de baloiço e algumas cadeiras portuguesas da segunda metade do século XIX compõem a mostra.

O arquitecto Pedro Novo que há mais de um ano cuidou e assinou a riquíssima exposição sobre edifícios emblemáticos do século XX no Fundão está de volta com esta mostra. Pelo caminho deixou a marca da Pedro Novo – arquitectos nos conteúdos da Casa do Barro no Telhado (Fundão).


Em breve, espero, haveremos de contactar, com outros trabalhos seus. O centro interpretativo do centeio parece que precisa de uma volta! Força Pedro.

Sem comentários:

Eugénio de Andrade o poeta maior

 Fui à Póvoa. À terra do poeta nascido há uma centena de anos. Encontrei memória falada, orgulho e expetativa quanto à importância de Póvoa ...