tag:blogger.com,1999:blog-173730892024-03-28T05:57:49.175+00:00De Castelo Novo para o MundoFracções de memórias passadas. Tempos idos e diluídos na espuma dos dias. A actualidade desta Beira que é a nossa!Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.comBlogger172125tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-73508552503859230722023-01-19T12:29:00.003+00:002023-01-19T12:50:09.852+00:00Eugénio de Andrade o poeta maior <p> Fui à Póvoa. À terra do poeta nascido há uma centena de anos. Encontrei memória falada, orgulho e expetativa quanto à importância de Póvoa de Atalaia na celebração do centenário Eugénio de Andrade.</p>O poeta maior só na meia-idade se reencontrou com a Póvoa de Atalaia, localidade onde as marcas da sua obra literária são bem visíveis. Ali haverá de nascer a Sala da Leitura mas os locais querem mais. Ouvir aqui a reportagem que passa hoje na Rádio Cova da Beira <a class="x1fey0fg xmper1u x1edh9d7" href="https://audiomack.com/cova-da-beira/song/peca-dulce-centenario-eugenio">https://audiomack.com/cova-da-beira/song/peca-dulce-centenario-eugenio</a><br /><br /> A Sala de Leitura a localizar no olival que inspirou alguns dos poemas de Eugénio, irá enriquecer a obra física perpetuando o percurso literário do poeta que morou na Rua da Eira, viveu em Lisboa e passou grande parte da vida no Porto- cidade onde faleceu no ano de 2005. <br /><br />Mas a população quer mais que edifícios e o secretário da União de Freguesias de Póvoa e Atalaia do Campo acompanha o sonho da comunidade. O autarca gostaria que as comemorações do centenário terminassem na terra Natal do poeta.<br /><br />Enquanto não se sabe se a vontade da comunidade se concretiza, importa registar a memória falada da vida do poeta que deu vinte escudos à prima Maria Mesquita Fontinhas para comprar um bibe.<div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOYDajkNEMItl6V-nTnt-hJrD_MxjpdEI86Q374FTWcLzLRDDKS1ftsMKJJGz-EPbMjjQ_8BI2wrytF9S8PFCV8TADp3L4KoalG7ZVIYHoXujDJCzF1lUrJnBPEkr7iCnFSLX1Wg0cSxHPpLIMO-RnEKm403-rkDDu7msoVdgWkpHMj006pmM/s4032/Eug%C3%A9nio%20-%20a%20prima%20Maria%20Mesquita%20Fontinhas.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1908" data-original-width="4032" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOYDajkNEMItl6V-nTnt-hJrD_MxjpdEI86Q374FTWcLzLRDDKS1ftsMKJJGz-EPbMjjQ_8BI2wrytF9S8PFCV8TADp3L4KoalG7ZVIYHoXujDJCzF1lUrJnBPEkr7iCnFSLX1Wg0cSxHPpLIMO-RnEKm403-rkDDu7msoVdgWkpHMj006pmM/s320/Eug%C3%A9nio%20-%20a%20prima%20Maria%20Mesquita%20Fontinhas.jpg" width="320" /></a></div><br /><div><br />O pai de Maria Mesquita Fontinhas era irmão da mãe de Eugénio. Irmão de Maria dos Anjos. A mulher amada pelo poeta que foi mãe solteira e empregada de servir. Contou à RCB Maria de Jesus Rato de 74 anos. Sobre o poeta, recorda o sentido de família alargada de Eugénio de Andrade e o orgulho de Póvoa de Atalaia quanto ao filho da terra.<br /><br />As memórias de Maria de Jesus são de ouvido e a poesia de Eugénio de Andrade é algo que só na idade adulta a despertou. Ainda assim, Maria de Jesus sabe que os seus poemas falavam da ribeira da Orca e da infância.<br /><br />Maria de Jesus não é uma mulher de preto mas consegue ler a obra do poeta da Póvoa e garante que Eugénio de Andrade foi das mais importantes personalidades da localidade onde é visível a trajetória de inspiração de José Fontinhas. Um percurso de inspiração que enaltece os sentimentos, o amor de mãe e a geografia da sua meninice.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWqrYA6Ir_cAu8-I-j0KoZQWO1raPjc1Eief1G9AyY0sBuI9kgsOI18KpLGw2SPlDwlzGFRulZWJcKQ9zM4VtQJ73iu4efDlCbfvYw6S9rHMV73P6qLKx9HD1cqNmkw_KPYW1R8RjrxnRu8AB2Z1qlaJMDVa-xlHnBfMa7-xoQCxdOqU4SxrM/s4608/Eug%C3%A9nio%20Jardim%20Lugar%20da%20Casa.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2184" data-original-width="4608" height="152" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWqrYA6Ir_cAu8-I-j0KoZQWO1raPjc1Eief1G9AyY0sBuI9kgsOI18KpLGw2SPlDwlzGFRulZWJcKQ9zM4VtQJ73iu4efDlCbfvYw6S9rHMV73P6qLKx9HD1cqNmkw_KPYW1R8RjrxnRu8AB2Z1qlaJMDVa-xlHnBfMa7-xoQCxdOqU4SxrM/s320/Eug%C3%A9nio%20Jardim%20Lugar%20da%20Casa.jpg" width="320" /></a></div><br /><div><br /><br />A Sala da Leitura projetada pelo arquiteto Siza Vieira ficará a caminho do Corricão, num antigo olival que irá tornar-se ponto de paragem obrigatória no circuito da Rota dos Escritores. A obra que merece a concordância das gentes de Póvoa de Atalaia irá juntar-se à Casa da Poesia e ao Lugar da Casa, espaços que já fazem parte do circuito de visitação poética à terra Natal de Eugénio de Andrade.</div>Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-8235302699816415892022-05-05T11:21:00.002+01:002022-05-05T11:21:05.791+01:00 A Associação que é a sala de visitas de Castelo Novo<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ponto
de encontro entre residentes e turistas, a coletividade, localizada na zona
central da freguesia, é ponto de paragem obrigatória para quem quer sentir o
pulsar da Aldeia Histórica. Ali pratica-se a arte de bem receber.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7sWUKkJSF5ofmiLRUtu_NlrYAG2MNg9L2Rfyh_KwFHrztrrNNXYuXX-Fpt8Q0-lJW8i45FIBIyuWzOHBuvBjohQBZz5lLc7sulxdjH-TPWqXZQEJdOIw1nnCOlb1Vxgj324JMjCfQsUbxRpPhyFTJ8sytvTF-R2IPQf9qvcPW7QQHPdps3Fo/s4608/ASCCN%20-%20sede.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2184" data-original-width="4608" height="152" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7sWUKkJSF5ofmiLRUtu_NlrYAG2MNg9L2Rfyh_KwFHrztrrNNXYuXX-Fpt8Q0-lJW8i45FIBIyuWzOHBuvBjohQBZz5lLc7sulxdjH-TPWqXZQEJdOIw1nnCOlb1Vxgj324JMjCfQsUbxRpPhyFTJ8sytvTF-R2IPQf9qvcPW7QQHPdps3Fo/s320/ASCCN%20-%20sede.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><br /></span></p>Fundada
em 1998, a Associação Sociocultural de Castelo Novo (ASCCN) é liderada por duas
sexagenárias. As irmãs Laurinda e Fernanda Duarte assumiram os destinos da
organização social e não se furtam a esforços para agradar a quem visita
Castelo Novo e recorre à coletividade para tomar um café, chá ou até solicitar
disponibilidade para ali realizarem refeições de grupo.</span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuwHphckR3DX2P6_5KO8ZUrXRr7Lisxy4iaY-02MQ4J0P_I2ktcpBKnkY-rEgow2Q4ZmXYViMeyl7y1uMkRUfy2vbuoMLqQHWH0vBKiue2vb0LKxRqwFqZnR7_nVyStLoYn8B7UBbpZcerEnI0bMOPpCqgIbyoTErZZi0raznFCI4UAEpG9mo/s4032/ASCCN%20-%20Irm%C3%A3s%20Duarte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1908" data-original-width="4032" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuwHphckR3DX2P6_5KO8ZUrXRr7Lisxy4iaY-02MQ4J0P_I2ktcpBKnkY-rEgow2Q4ZmXYViMeyl7y1uMkRUfy2vbuoMLqQHWH0vBKiue2vb0LKxRqwFqZnR7_nVyStLoYn8B7UBbpZcerEnI0bMOPpCqgIbyoTErZZi0raznFCI4UAEpG9mo/s320/ASCCN%20-%20Irm%C3%A3s%20Duarte.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: Arial, "sans-serif";"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Com
a preciosa ajuda de outros dirigentes, radicados fora de Castelo Novo mas
sempre disponíveis para arregaçar as mangas, desde que estejam na aldeia, as
diligentes carolas da ASCCN facilmente granjeiam a ajuda de outras sócias e
amigas da coletividade com vista à realização de convívio para associados ou
garantindo acolhimento básico a grupos de turistas que solicitem a sede da
Associação para ali poderem deixarem o farnel, degustarem a merenda e tomarem
uma bebida quente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Foi
o que aconteceu no fim-de-semana do 25 de Abril quando um grupo de Alverca, através
de um telefonema, garantiu que a ASSCN poderia disponibilizar o salão para o
almoço partilhado. “Ficaram encantados com o acolhimento e decoração típica do
espaço onde quiseram fotografar-se”, salientam as dirigentes associativas que
nesses dias não tiveram mãos a medir com tanta afluência de turistas e naturais
da freguesia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A
ASCCN é o “único espaço com vida” na Aldeia, confirma ao Jornal do Fundão
Laurinda Duarte que faz gala em não deixar fechar as portas da coletividade
fundada pelo marido, Raúl Augusto Pinto Rodrigues. “Todas as pessoas desejam
longevidade” a uma organização que desde sempre dinamizou a localidade através
do acolhimento de tertúlias, iniciativas desportivas, eventos solidários,
visitas de estudo à localidade <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ou até
aulas de ginástica que chegaram a quebrar o sedentarismo das pessoas idosas maioritariamente
residentes na localidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Além
dos carolas dirigentes, também alguns associados e amigos da agremiação se
disponibilizam para ajudar a concretizar as atividades programadas. Na véspera
do 25 de Abril, o voluntariado ganhou outro sabor na degustação de um almoço
convívio que juntou 70 participantes entre sócios residentes e de fora de
Castelo Novo que a reforma devolveu à freguesia.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPJtIfKWMgvvAyFzzYHRy-3LcELIFFGAaKxSnn_ZX-5GOiJrFdi_Oee4pLTE0VeNYaxElGV7NdSV6drRSZdwRC0rUwYw1pEguTpUhl4hVOh3NgtVmcErJprJRxgxxeDCZgew0UUGAM-szSlBfPfh5MCaGaoVif94_CMmSCVFQBnYhY3FdbWWw/s1616/ASSCN%20-%20Cozinheiras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1184" data-original-width="1616" height="234" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPJtIfKWMgvvAyFzzYHRy-3LcELIFFGAaKxSnn_ZX-5GOiJrFdi_Oee4pLTE0VeNYaxElGV7NdSV6drRSZdwRC0rUwYw1pEguTpUhl4hVOh3NgtVmcErJprJRxgxxeDCZgew0UUGAM-szSlBfPfh5MCaGaoVif94_CMmSCVFQBnYhY3FdbWWw/s320/ASSCN%20-%20Cozinheiras.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">É
pois, na ASCCN que a idade maior e a pouca juventude da freguesia
confraternizam num ritual que enobrece a localidade e orgulha quem está ao leme
da Associação que em 2023 completará as Bodas de Prata. Ali, nos domingos à
tardinha, é certa a confluência dos locais e novos residentes, mesmo se
oriundos de outras nacionalidades, que elegeram Castelo Novo como último
refúgio de uma vida inteira dedicada ao trabalho nos países de origem. É vê-los
de copo de cerveja na mão, confraternizando com a comunidade local, soltando
gargalhadas e simpatia que fica na memória de quem ali ocupa o tempo livre. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">É
a pensar nos resistentes e novos residentes de uma freguesia marcada pelo êxodo
rural que a família da ASCCN dedicada muitas horas do fim-de-semana à
associação. À beira de celebrar 25 anos de existência é quase certo que a data
não passará em branco. Laurinda Duarte diz-se entusiasmada com a possibilidade
de realizarem uma celebração à altura da jovem mas relevante força viva de
Castelo Novo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“Com
a bênção do Senhor de Misericórdia e a entrega dos associados” nada será
deixado ao acaso, “nem que tenha de investir do meu bolso”, atira a sorridente
presidente ao lado da irmã Fernanda, na pausa pós almoço de celebração da
Liberdade e da Democracia, no pátio exterior ao edifício onde, naquele domingo,
ouve comes e bebes, concertina, alegria e reencontros com pessoas naturais de
Castelo Novo que nas épocas festivas ou fins-de-semana alargados regressam à
terra Natal e não falham uma ida à Associação Sociocultural de Castelo Novo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ali
onde a vida acontece !<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhaN_civeT313c5IoJzNGOIPfG0AObmMG1Ex4f2X8xcqKFVHvzAVmnKb4LDy0NXzKR-J9alVFIphhEK3d1SqfXQ7eOlEUqr1qfh9VSPZ9WVb46XKTVJFWsZGA-XETX6456rHh2RkXaXYRIZ9f7kbTgESARTBB49beULJgIP5AsxY_vq-FbuB8/s2571/20220505_095918.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2571" data-original-width="1699" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhaN_civeT313c5IoJzNGOIPfG0AObmMG1Ex4f2X8xcqKFVHvzAVmnKb4LDy0NXzKR-J9alVFIphhEK3d1SqfXQ7eOlEUqr1qfh9VSPZ9WVb46XKTVJFWsZGA-XETX6456rHh2RkXaXYRIZ9f7kbTgESARTBB49beULJgIP5AsxY_vq-FbuB8/s320/20220505_095918.jpg" width="211" /></a></div><br /><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>Originalmente publicado no Jornal do Fundão de 05 de maio 2022 </b></span></p><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"></span><p></p>Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-52147652631221539882021-08-18T08:07:00.000+01:002021-08-18T08:08:20.684+01:00Gerês 25 anos depois <p><span style="font-size: 17px;">A memória dos dias calmos e plenos de atividade e movimento. É assim que caracterizo o baú de imagens e vivências de quatro dias no Gerês. Aqui onde também se ouve o sino que dá as horas, se contam as estrelas, onde o nascer ou por do sol à beira rio tem outro encanto.</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR_4xM58uTCJuN4g6q4Ont8PeQpZ2KsFl6R_yWp14YlVE_amzAkexpIbHGwZCpnX6qM12UexN44PUSfa-FxiwSuotJKxF55dUXHPt9PqZD4BhAdEqr9wP16L2gpVHTn26REqKbaQ/s2048/20210817_173234.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR_4xM58uTCJuN4g6q4Ont8PeQpZ2KsFl6R_yWp14YlVE_amzAkexpIbHGwZCpnX6qM12UexN44PUSfa-FxiwSuotJKxF55dUXHPt9PqZD4BhAdEqr9wP16L2gpVHTn26REqKbaQ/s320/20210817_173234.jpg" width="320" /></a></div><span style="font-size: 17px;"><div><span style="font-size: 17px;"><br /></span></div>Aqui onde São Bento de Porta Aberta é uma espécie de Cova da Iria, tal a afluência de devotos e turistas que chegam em viatura própria ou camionetas de passageiros, trazem a merenda, veneram o santo e transformam o santuário no reencontro anual com a fé e espiritualidade. </span><p></p><br /><span style="font-size: 17px;">É daqui, do Gerês, que levo a gratidão da vida por me permitir inspirar-me na beleza poética de cada recanto, encosta, lago ou ponto de água. Aqui onde a água é aventura e lazer, todos querem tirar proveitos do potencial turístico das águas do rio Caldo e da Barragem. Entre gaivotas, bóias, canoas e barcos, faz-se de tudo na calmaria do curso fluvial que junta centenas de pessoas de várias línguas. </span><br />
<span style="font-size: 17px;">O francês e espanhol são as línguas mais faladas nas conversas entre veraneantes que também falam português do Brasil e a língua de Camões. </span><br />
<span style="font-size: 17px;">O Gerês, tal qual o conheço hoje, é absolutamente diferente do Gerês de há mais de 25 anos. Que transformação!</span><div><span style="font-size: 17px;"></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjCGOC36YFCxHjACXzIvtTkBqkR4azEQyUgXLQwzkcfFBzlN0O55RnRhV2H4lmZOq5LivZJX4kc2y9BYvTk5pDzKEy9GbauIdGs5titxwBDWd5oMd2FxQvWkkhPfkvZRvqe-UJOA/s2048/20210816_114430.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjCGOC36YFCxHjACXzIvtTkBqkR4azEQyUgXLQwzkcfFBzlN0O55RnRhV2H4lmZOq5LivZJX4kc2y9BYvTk5pDzKEy9GbauIdGs5titxwBDWd5oMd2FxQvWkkhPfkvZRvqe-UJOA/s320/20210816_114430.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-size: 17px;">Mas a genuidade dos locais não se perdeu ! Nota-se na conversa com a pessoa do café ou a vendedora de frango na brasa num qualquer lugar das Terras do Bouro. Também é notório no verbo do guia turístico com quem conversei na Portela do Homem e que encontrei dias depois na rua onde morei estes dias. Neste reencontro com a natureza dei-me conta do trabalho zeloso dos vigilantes da natureza, o ICN - instituto de conservação da natureza, parece não ter falta de meios humanos e isso reforça a confiança de quem andou por montes e vales do Parque Nacional Peneda-Gerês. </span><br />
<span style="font-size: 17px;">Paisagens de cortar a respiração, floresta diversificada e de beleza ímpar. Espécies bastante invulgares se comparadas com a realidade da nossa Gardunha ou na generalidade da flora na Estrela. Até as casas florestais estão semi restauradas e apresentam o aspecto que a foto documenta.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRHw9DJUueIx_s_421tCYFKuAB9BjdVmGyKLzzTqC5kmwxU4eawtAq-tzNnt8QHlmpVX8wMJo647nH_LmwavosjHHSyvMD-77-yDGahEMGWCvbEqy0-fukK7Lvd9wzDWKjh19lUw/s2578/20210815_164755.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1220" data-original-width="2578" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRHw9DJUueIx_s_421tCYFKuAB9BjdVmGyKLzzTqC5kmwxU4eawtAq-tzNnt8QHlmpVX8wMJo647nH_LmwavosjHHSyvMD-77-yDGahEMGWCvbEqy0-fukK7Lvd9wzDWKjh19lUw/s320/20210815_164755.jpg" width="320" /></a></div><br /> </div></span><div><span style="font-size: 17px;">Nestes dias de agosto, eleitos para voltar ao lugar onde fui feliz, trouxe para companhia gente de várias idades igualmente rendida à beleza do território que é ponto de confluência de tantas pessoas. </span><br />
<span style="font-size: 17px;">Se há casos em que dá gosto observar a evolução da oferta turística e capacidade empreendedora dos locais, estas aldeias e vilas à volta do Gerês Termal e Verde comprovam essa aposta acertiva na exploração económica e social de uma geografia cheia de potencial. </span>
<br /><br /><span style="font-size: 17px;">O Gerês não é o Algarve de Portugal mas tem expressão maior no destino para descanso e lazer de tantos de nós!</span><br /><br /><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_210818_075641_090.sdocx--></div></div>Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-46383228578076569772021-04-22T14:57:00.004+01:002021-04-22T15:05:56.877+01:00Confinamento de Mulheres e outros alertas<div class="bbVIQb" jsname="Vinbg" style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px;"><div class="ujudUb" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 12px;"><span jsname="YS01Ge">- Acordai</span><br /><span jsname="YS01Ge">Acordai</span><br /><span jsname="YS01Ge">Homens que dormis</span><br /><span jsname="YS01Ge">A embalar a dor</span><br /><span jsname="YS01Ge">Dos silêncios vis</span><br /><span jsname="YS01Ge">Vinde no clamor</span><br /><span jsname="YS01Ge">Das almas viris</span><br /><span jsname="YS01Ge">Arrancar a flor</span><br /><span jsname="YS01Ge">Que dorme na raiz</span></div><div class="ujudUb" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 12px;"><span jsname="YS01Ge">Acordai</span><br /><span jsname="YS01Ge">Acordai</span><br /><span jsname="YS01Ge">Raios e tufões</span><br /><span jsname="YS01Ge">Que dormis no ar</span><br /><span jsname="YS01Ge">E nas multidões</span><br /><span jsname="YS01Ge">Vinde incendiar</span><br /><span jsname="YS01Ge">De astros e canções</span><br /><span jsname="YS01Ge">As pedras do mar</span><br /><span jsname="YS01Ge">O mundo e os corações</span></div></div><div class="bbVIQb" jsname="WbKHeb" style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px;"><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><span jsname="YS01Ge">Acordai</span><br /><span jsname="YS01Ge">Acendei</span><br /><span jsname="YS01Ge">De almas e de sóis</span><br /><span jsname="YS01Ge">Este mar sem cais</span><br /><span jsname="YS01Ge">Nem luz de faróis</span><br /><span jsname="YS01Ge">E acordai depois</span><br /><span jsname="YS01Ge">Das lutas finais</span><br /><span jsname="YS01Ge">Os nossos heróis</span><br /><span jsname="YS01Ge">Que dormem nos covais. </span><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_bKr5GRD74um3aL3KMV8YvuYZY__E4sYUdYPaxmb7EAbwFWaanYMMsZgXergLW9EOmU0EH5j5nlRVNusm_PQNtn4hTlbz1VSE4mhtfcSfJVdt1Elwo3M0exuuOUA-keGb01wpug/s2578/CONFINAMENTO.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1220" data-original-width="2578" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_bKr5GRD74um3aL3KMV8YvuYZY__E4sYUdYPaxmb7EAbwFWaanYMMsZgXergLW9EOmU0EH5j5nlRVNusm_PQNtn4hTlbz1VSE4mhtfcSfJVdt1Elwo3M0exuuOUA-keGb01wpug/s320/CONFINAMENTO.jpg" width="320" /></a></div><br /><span jsname="YS01Ge"><br /></span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><span jsname="YS01Ge"><br /></span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><span jsname="YS01Ge">Acordai!</span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><span jsname="YS01Ge">"Acordai" na poesia de José Gomes Ferreira e na música de Fernando Lopes Graça foi o mote inspirador para o alerta, os alertas, que a peça "Confinamento de Mulheres" apresentada, durante duas sessões, na Moagem no Fundão deixou às dezenas de espetadores que terça e quarta feira assistiram à interpretação da CIA Atma das Artes liderada pela encenadora e atriz brasileira Sílvia Lucarini.</span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><span jsname="YS01Ge"><br /></span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc1enAQuZb3OsLSaRItXIoVji8v5hgghm75azOXJZ4d7NThxJxBXDFaBILC6PG0IrLXmclLvedaaSWcta2Nyl1pFiauUMcAoOuDNtN1ZKN0794VFzjTrGc3kp00xlmvf2BshtEaQ/s2578/CONFINAMENTO+2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1220" data-original-width="2578" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc1enAQuZb3OsLSaRItXIoVji8v5hgghm75azOXJZ4d7NThxJxBXDFaBILC6PG0IrLXmclLvedaaSWcta2Nyl1pFiauUMcAoOuDNtN1ZKN0794VFzjTrGc3kp00xlmvf2BshtEaQ/s320/CONFINAMENTO+2.jpg" width="320" /></a></div><br /><span jsname="YS01Ge"><br /></span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><span jsname="YS01Ge"><br /></span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><span jsname="YS01Ge"><br /></span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><span jsname="YS01Ge">Ao longo de três quartos de hora ouvimos canções e poemas intemporais de Florbela Espana, Miguel Torga ou Rupi Kaur numa majestosa interpretação de Ana Leonor Santos, Luísa Nunes, Liliana Passos que nos fizeram refletir sobre a vida das pessoas cuja liberdade tantas vezes é condicionada.</span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><span jsname="YS01Ge"><br /></span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><span jsname="YS01Ge">"A crença no poder do julgamento desvanece-se sentindo o coração", disseram alto e bom som no palco performativo de onde sobressaíram vozes de inconformismo face ao continuado abuso de mulheres e pessoas sem voz. </span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><span jsname="YS01Ge"><br /></span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><span jsname="YS01Ge">Pessoas confinadas e abusadas cuja tenacidade e determinação as leva a expressar indignação e comprometimento pela liberdade de outras mulheres, homens, crianças e seres carentes de sementes transformadoras como renovada foi a sensação coletiva de inquietude face à realidade da espuma dos dias.</span></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;"><br /></div><div class="ujudUb WRZytc u7wWjf" data-mh="-1" jsname="U8S5sf" style="line-height: 1.58; margin-bottom: 0px;">Foi um espetáculo libertador e introspetivo no qual não faltaram os sons da natureza, símbolos de paz e harmonia na Primavera de 2021. Ou na Primavera que há em cada gesto. </div></div><p><span face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="background-color: white; color: #222222; font-size: small;"><br /></span></p><p><span face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="background-color: white; color: #222222; font-size: small;"><br /></span></p><p><span face="Arial, Helvetica, sans-serif" style="background-color: white; color: #222222; font-size: small;"><br /></span></p><br />Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0R. Conde Idanha-A-Nova 72, 6230-348 Fundão, Portugal40.1381141 -7.5011805999999988-9.8685454370344914 -77.8136806 90 62.8113194tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-73638518703345639502021-04-03T17:58:00.006+01:002021-04-06T11:57:17.579+01:00A Escola da Meninice <p> <span style="font-size: 17px;">A escola. Esse lugar mágico de aprendizagem e brincadeiras onde outrora se fizeram distinções de género. Rapazes para um lado. Raparigas para o outro. A escola do quadro preto, do globo e do mapa de Portugal com carteiras e soalho de madeira em que a professora levantava a cana para impor o respeito. </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> </div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyMAVPOdV3QZ1jAcb8T6HDDVDnAzV92OMtJU4XPBdcTHz5fNUR2lqgs-VlEddJC1Q6G1l5bpdczK5_vcbEyd8oas3yXiUAdFnWh4RDOjc72rhnoBDXnqVRYf7OdkmdQ_pAK01qjg/s2578/20210403_145249.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1220" data-original-width="2578" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyMAVPOdV3QZ1jAcb8T6HDDVDnAzV92OMtJU4XPBdcTHz5fNUR2lqgs-VlEddJC1Q6G1l5bpdczK5_vcbEyd8oas3yXiUAdFnWh4RDOjc72rhnoBDXnqVRYf7OdkmdQ_pAK01qjg/s320/20210403_145249.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><br /><span style="font-size: 17px;">Hoje revisitei essa escola. Aquela que frequentei e para a qual me dirigia, diariamente, a pé desde o alto da Gardunha. É verdade, para ir à escola eu palmilhava 6 quilómetros. Metade de manhã. Metade à tarde. Um ir e voltar com a sacola às costas, por entre pinheiros gigantes e alguns uivos. Debaixo de chuva ou de temperaturas muito baixas. Mas nada me intimidava. </span>
<br /><br /><span style="font-size: 17px;">No Inverno, quando os dias eram mais curtos e o clima nos presenteava com um frio de rachar, ventos ciclónicos e muita chuva, o meu pai que era o guardião do perímetro florestal de Castelo Novo, assobiava e chamava: Dulcinha, Dulcinha ! Eu respondia e continuava no carreiro até à Casa Florestal. À chegada tinha o calor da lareira e a resposta às perguntas do quotidiano. </span>
<br /><br /><span style="font-size: 17px;">Verbalizava as brincadeiras no pátio da escola. Os jogos, o improviso e a sensação maravilhosa de pisar o risco. Quem nunca sentiu uma enorme excitação por saber-se a fazer algo menos correto ?</span>
<br /><br /><span style="font-size: 17px;">No meu tempo de escola, em Castelo Novo, havia mimosas e esconderijos entre o estabelecimento de ensino e a Capela de Santa Ana e São Joaquim. </span><br />
<span style="font-size: 17px;">Quando não gritávamos "aí vai alho" e subíamos para cima do vizinho, não estaríamos a fazer de burro, poderíamos estar a jogar ao lenço ou à cabra cega. Também fazíamos o jogo da macaca e os rapazes jogavam ao aro ou ao berlinde. </span>
<br /><br /><span style="font-size: 17px;">Tenho uma vaga ideia de tantas das nossas brincadeiras no espaço à volta da escola !</span><br />
<span style="font-size: 17px;">Foi dali que hoje registei o retrato da minha aldeia encravada na serra.</span><br />
<span style="font-size: 17px;">Ali onde a escola, a precisar de obras de conservação, é agora um edifício devoluto e de onde extraímos apenas memórias. </span>
<br /><br /><span style="font-size: 17px;">Memórias da professora Beatriz, uma mulher de estatura baixa mas bastante forte e a quem era difícil mexer-se. Depois veio uma professora de Braga, chamavam-lhe a "caixa de óculos" pois tinha uma lentes bastante grossas, que mal aqueceu o lugar. </span><br />
<span style="font-size: 17px;">Braga ficava longe e já naqueles anos do século XX os professores andavam com a casa às costas.</span>
<br /><br /><span style="font-size: 17px;">Fica um breve registo da escola da minha meninice. Foi há tantos anos ! </span>
<br /><br /><span style="font-size: 17px;">E não a recuperam? A pergunta teve como resultado um encolher de ombros. Num tempo em que tanto se mede o impacto haverá sempre quem sinta o apelo por uma intervenção. Ou quem se questione se valerá a pena.</span><br />
<span style="font-size: 17px;">Traços do quotidiano na minha aldeia berço. Ali onde avistamos Espanha e Monsanto. Lá onde o silêncio é Rei e as floreiras simbolizam esperança de outras Primaveras !</span><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_210403_175019_038.sdocx--><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeJRjZN3AKCHQTG4Ty_69qFH98lJavpvUXJ1-rLMpwOwwVvSzECnhv2X1jHIJdtIpHygOetnHFRLndorziuE3rPnEPLIW4ghAQ8XBZldMe4EfHtlAHVV6_CKFYsrSF-qZ0PC-2ng/s2578/20210403_144951.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1220" data-original-width="2578" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeJRjZN3AKCHQTG4Ty_69qFH98lJavpvUXJ1-rLMpwOwwVvSzECnhv2X1jHIJdtIpHygOetnHFRLndorziuE3rPnEPLIW4ghAQ8XBZldMe4EfHtlAHVV6_CKFYsrSF-qZ0PC-2ng/s320/20210403_144951.jpg" width="320" /></a></div><br />Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0Fundão, Portugal40.1380138 -7.50107811.827779963821158 -42.657328 68.448247636178849 27.655172tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-13752627814123116282020-08-28T12:16:00.003+01:002020-08-28T12:24:02.865+01:00Regressar é mais fácil que ficar <p><span face="" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; text-align: justify;"><i>Raquel Alves é uma entre centenas de
emigrantes da nova geração que seguiu o exemplo dos pais e no início da
primeira década de 20 do século XXI deixou a pacata aldeia de Póvoa de Atalaia
no concelho do Fundão e rumou ao estrangeiro.</i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="color: #222222; font-family: arial;"><i>
<span style="background: white;">Tinha 15 anos e acreditou que o
sonho de alargar horizontes poderia concretizar-se mais perto do pai, na Suíça
para onde viajou em 2003 com a mãe e os dois irmãos. No fundo tratava-se de dar
seguimento à tradição familiar que começou com o avô materno. José Alves Mação
esteve 20 anos em França e voltou para Portugal “à meia idade”, a neta
recordou-nos os difíceis anos da década de 60 do século XX quando os
portugueses se sujeitavam a qualquer trabalho mesmo que tivessem qualificações.
<o:p></o:p></span></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><i><span face="" style="background: white; color: #222222;">Os avós que “são o pilar da família” foram a
maior dificuldade em deixar Portugal mas a ambição por uma vida melhor
ajudaram-na a superar-se e em Bienne, perto de Berna, </span><span face="" style="color: #222222;">a<span style="background: white;">mbientou-se, fez novos amigos, trabalhou numa fábrica de relógios da
Rolex e num salão de cabeleireira. Sentia-se realizada, apesar das dificuldades
com a língua. Mas a motivação sempre foi amealhar alguns recursos e voltar ao país
de origem.<o:p></o:p></span></span></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Regressou em 2018 e no dia 22 de agosto de 2020
volta a fazer mas malas para começar de novo. Neste, entretanto, também viveu
em Alcochete e trabalhou num call-center em Lisboa. Durante cerca de um
ano, sentiu-se “uma estrangeira em Portugal, a dificuldade de reintegração e os
complexos com o sotaque da língua bem como a dificuldade em compreender algumas
expressões originalmente portuguesas” fizeram-na sentir-se “discriminada”. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>As voltas da vida de Raquel Alves e dos filhos
de seis e nove anos de idade trouxeram-na, então, de volta às raízes beirãs.
“Voltar às origens sempre foi a minha maior motivação” descreveu ao JF Raquel
Alves numa manhã de agosto na cidade do Fundão. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>A jovem mulher que outrora tinha ficado com um
nó na garganta por deixar os amigos de infância e as memórias do Externato
Capitão Santiago de Carvalho (Alpedrinha) onde estudou, estava de volta mas
trazia empreendedorismo e capital na bagagem.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Contrariada pela “sistemática burocracia” e “descoordenação
entre serviços”, Raquel Alves respirou muitas vezes fundo até conseguir, com a
ajuda dos pais, abrir no Fundão o seu salão de cabeleiro. “Abrir um negócio meu
era o desafio de uma vida”, mas o sonho desta mãe de família haveria de
conhecer mais que peripécias burocráticas associadas a licenças e afins. “Sou
família monoparental, tantos anos depois já não conhecia as leis portuguesas,
os serviços públicos nem sempre agilizavam. Valeram-me as pessoas espetaculares
no aluguer e transformação do espaço”, refere a emigrante.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>A antiga espingardaria que durante sete meses
foi um salão de estética e cabeleireiro é hoje pouco mais que uma etapa na vida
da portuguesa que está de abalada para o estrangeiro.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>“Dá-me pena o trabalho que o meu pai,
construtor civil, ali teve, mas vi-me obrigada a fechar o salão”, afirma quem
investiu parte das economias conseguidas em 15 anos de emigração. O espaço que
devido à pandemia covid 19 esteve dois meses e meio encerrado começou a perder
clientela. “Tinha dias e dias sem ninguém, mesmo aos sábados, era
incomportável”, desabafa meio triste meio conformada a emigrante de 32 anos.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Quando aceitou partilhar com os nossos leitores
a sua história de vida, Raquel Alves falou-nos de como é ser emigrante no
Portugal onde as redes sociais denotam incompreensão quanto a quem está lá
fora. “Fico triste com o que leio. Nós só vimos visitar a família, não impomos
nada”, refere. <o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisL18rauesulkmpggBqvDICIioAs8tvAJPPhyphenhyphen7ZGRERHp2xq37KvaShAqwo0xH46MXJstZHVfJWeC8P_7x1a8CcDKNzPKZdwj7wIIlD1AF5tqhqAbq5nT6Uj138CdsF8Lljb3Hzw/s2578/A+Dificuldade+Raquel+Alves+2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><i><img border="0" data-original-height="1220" data-original-width="2578" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisL18rauesulkmpggBqvDICIioAs8tvAJPPhyphenhyphen7ZGRERHp2xq37KvaShAqwo0xH46MXJstZHVfJWeC8P_7x1a8CcDKNzPKZdwj7wIIlD1AF5tqhqAbq5nT6Uj138CdsF8Lljb3Hzw/s640/A+Dificuldade+Raquel+Alves+2.jpg" width="640" /></i></span></a></div><span style="font-family: arial;"><i><br /><span face="" style="background: white; color: #222222;"><br /></span></i></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Daqui a uns anos, Raquel reviverá os hábitos de
criança e jovem quando em cada mês de agosto ficava ansiosa com o regresso ao
país de origem. “É um sentimento indescritível a preparação do regresso, o
reencontro durante a viagem com outros compatriotas. É uma emoção que à chegada
à fronteira nos emociona”, conclui.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><o:p><i> </i></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Regressar a Portugal com o fado no coração <o:p></o:p></i></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><o:p><i> </i></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>A vida de emigrantes faz-se de regressos e
partidas. Umas vezes com data marcada outras por imposição do destino. Lúcia
Silva ou Lúcia Palpita como é conhecida é uma dessas pessoas que o destino
obrigou a regressar à terra mãe.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Encontramo-la na semana passada numa das mais
movimentadas esplanadas do Fundão. Conversava com uma amiga covilhanense sobre
a aventura de deixar a Suíça e voltar à Beira Baixa. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>“Estou aqui a tomar um cafezinho com uma amiga
que nestas semanas me tem ajudado a resolver problemas burocráticos com a
matrícula do meu filho”, começa por explicar-nos a fundanense de 45 anos.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>O desabafo e contextualização do momento
fazem-nos antever a dificuldade de uma emigrante que ao fim de 25 anos a
trabalhar como auxiliar de limpezas regressou ao seu Fundão para cumprir o
sonho maior que é cantar fado.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Na verdade Lúcia Palpita já canta e conhece o fado.
Não só por causa da papelada que desde maio, quando regressou a Portugal, tem
vindo a resolver, mas também porque é habitual ser convidada a mostrar o seu
talento e dotes vocais em cerimónias e eventos privados.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Lúcia que estava desempregada desde 2018,
devido a problemas de saúde, regressa agora ao aconchego da família de sangue
para “atingir a felicidade plena”.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>E para começar, iniciou esta segunda-feira uma
nova experiência profissional numa fábrica de polimentos onde só não começou a
trabalhar mais cedo por causa da pandemia.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>O coronavírus foi, de resto, a realidade que
maior impacto negativo causou na vida desta emigrante. Nem a adaptação à língua
alemã foi tão traumática quanto o confinamento obrigatório ou o ensino à
distância por parte do filho mais novo. “Nunca senti tanto medo, por mim e pela
minha família”, diz-nos a emigrante cuja viagem de regresso a Portugal foi
concretizada sob todas as medidas de proteção e segurança contra a pandemia.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Sobre os anos no estrangeiro, Lurdes Silva
recorda a “beleza invulgar” do país onde “a qualidade de vida impera” e que há
muito deixou de ser a galinha dos ovos de ouro.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Lúcia e Raquel são apenas dois exemplos de
naturais da Bera Baixa que voaram mais longe em busca de um sonho chamado
bem-estar. Entre os objetivos e a realidade há sempre obstáculos que roubam
energias ou tornam as pessoas mais resilientes. Bom regresso às duas mulheres!<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Dulce Gabriel <o:p></o:p></i></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><i><b><span face="" style="background: white; color: #222222;">Texto originalmente publicado no suplemento JF COMUNIDADE do Jornal do Fundão em agosto 2020 e que pode ler na íntegra aqui </span></b><a href="https://dl-web.meocloud.pt/dlweb/Kze0BqhuQUKzCf9R1l3yqw/download/JF%20Comunidade%20no%20Jornal%20do%20Fund%C3%A3o%20agosto%202020.pdf" style="text-align: left;">https://dl-web.meocloud.pt/dlweb/Kze0BqhuQUKzCf9R1l3yqw/download/JF%20Comunidade%20no%20Jornal%20do%20Fund%C3%A3o%20agosto%202020.pdf</a></i></span></p>Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-86288581618408420792020-08-28T12:09:00.002+01:002020-08-28T12:23:23.023+01:00Já Tínhamos Saudades<p><i style="color: #222222;"><span style="font-family: arial;">No Verão do novo normal
fomos ao encontro de emigrantes que arriscaram vir a casa num tempo de
redobrada exigência sanitária. Embora a região assista a um decréscimo de
presenças, o território não ficou indiferente ao calendário e até as tradições
religiosas se adaptaram à pandemia.</span></i></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><i><span face="" style="background: white; color: #222222; line-height: 107%;">Souvenirs </span><span face="" style="background: white; color: #222222; line-height: 107%;">e lembranças adequadas à geografia do
território ou às crenças e figuras icónicas das nossas terras, objetos alusivos
à saudade de quem visita o país da língua de Camões estão à vista de quem entra
nos quiosques, praças e mercados ou lojas de produtos locais que por estas
semanas são ponto de paragem obrigatória por parte dos inúmeros emigrantes que
nos visitam.</span></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial; line-height: 107%;"><i>Não tantos quanto o
desejável e muito menos do que em anos normais, dizem comerciantes, transeuntes
e hoteleiros que embora não tenham preparado iniciativas específicas para
receber os emigrantes habituaram-se a esperar por agosto para equilibrar a
faturação do ano inteiro.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial; line-height: 107%;"><i>Na Praça Municipal, no mercado,
nas esplanadas e restaurantes das cidades, vilas e aldeias percebe-se que há
mais movimento, mas “estamos aquém” de outros tempos vincam autarcas e
dirigentes de organizações de comerciantes e restauração.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial; line-height: 107%;"><i>No ano em que as
generalidades das novas gerações de emigrantes não puderam vir a Portugal para
se protegerem da pandemia covid 19, encontramos algumas famílias mais jovens
que desta vez vêm para estar com os pais e avós, mas não irão sair da região
para, por exemplo, mergulharem na águas salgadas do mar.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial; line-height: 107%;"><i>É nesse contexto que os
hotéis da região trabalham para “atenuar prejuízos maiores”. “Os emigrantes
costumam procurar-nos, habitualmente registamos percentagens consideráveis de
dormidas, 90 por cento das mesmas correspondem a portugueses com raízes na
região. Vêm para ficar uma a duas noites, saem para visitar a aldeia ou
concretizarem estadias fora da região e quando pensam no regresso ao
estrangeiro ficam mais uma noite”. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial; line-height: 107%;"><i>O relato feito ao JF num
dos mais antigos hotéis da cidade do Fundão não é muito diferente da realidade
no único hotel de cinco estrelas da região. Com programas específicos para
clientes estrangeiros e uma procura na casa dos 40 por cento, apenas 15 por
cento tem estado a efetuar reservas, adiantou a relações públicas da unidade
hoteleira. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>A oferta turística “diferenciadora” no concelho
do Fundão levou inclusivamente o município local desenvolver uma campanha
intitulada “Já Tínhamos Saudades” que visa afirma o território como um “destino
turístico alternativo e seguro em tempos de pandemia”, valorizando os programas
e rotas enquanto elementos impactantes para a economia regional no acolhimento
de turistas. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Leonardo Durão Romão de sete anos poderá ser a
segunda geração da família Romão em França. Nunca ouviu falar de Aldeias
Históricas nem de Aldeias do Xisto, mas sabe e diz-nos que gosta muito de vir a
Portugal.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiTAmmIRixtnbkN6wrLAVWg0VnYhW-5GWopTtmR-vD3J1yrelyYM3HoqkK-Tmj2PAeumB2hCvm7aLbadmT1_6xtB2J74kSWS86dPbRN6_1BMRE1HT4FEAo0nWpoqZrH_0nr1hgew/s2578/J%25C3%25A1+T%25C3%25ADnhamos+Saudades+Elisabete+Dur%25C3%25A3o.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><i><img border="0" data-original-height="1220" data-original-width="2578" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiTAmmIRixtnbkN6wrLAVWg0VnYhW-5GWopTtmR-vD3J1yrelyYM3HoqkK-Tmj2PAeumB2hCvm7aLbadmT1_6xtB2J74kSWS86dPbRN6_1BMRE1HT4FEAo0nWpoqZrH_0nr1hgew/s640/J%25C3%25A1+T%25C3%25ADnhamos+Saudades+Elisabete+Dur%25C3%25A3o.jpg" width="640" /></i></span></a></div><span style="font-family: arial;"><i><br /><span face="" style="background: white; color: #222222;"><br /></span></i></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Foi exatamente no café que dá nome ao país dos
pais Elisabete e Hugo que o petiz exprimiu alegria e boa disposição quanto às
férias que o trazem para junto dos avós e do irmão mais velho, a viagem
antecede o regresso presencial à escola francesa e significa “um tempo de
enorme liberdade e celebração” sublinha Elisabete Durão, 40 anos e a residir em
França desde 2008.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>A mãe de família que em Portugal se dedicava à fotografia
é agora proprietária de salão de estética e cabelos em Villabê a 30
quilómetros de Paris.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Também o beirão e marido, Hugo Romão se
estabeleceu por conta própria em França. O casal que não tem tradição de
emigração na família deixou a Beira Baixa rumo ao desconhecido, mas â parte da
dificuldade em aprender a língua francesa e das saudades da família não
sentiram quaisquer outros entraves na aventura de “começar do zero”. “O meu
marido foi o primeiro a orientar trabalho, mês e meio depois de chegarmos
também eu me ocupava como operadora de caixa num supermercado”, revela a
fundanense radicada numa região onde existe uma expressiva comunidade de
portugueses. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>“Com dois filhos a ideia é ficarmos o mais
tempo possível, mas o regresso a Portugal é algo que permanece inscrito no
diário de quem se socorre dos amigos franceses para garantir a melhor retaguarda
para as crianças. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Todos os anos vêm a Portugal no período do
Verão e sempre que podem dão um pulinho à praia. Porto Covo poderá ser o
destino de 2020, um ano atípico e sem romarias ou festivais que esta família
alternava com as reuniões familiares. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>A ausência de festas religiosas é bastante
notada pelos compatriotas que nesta altura do ano se encontram no Interior de
Portugal. Por causa da pandemia e das imposições de segurança sanitária, a
componente espiritual do regresso a Portugal ficou comprometida.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>No segundo e terceiro fim de semana de agosto
em várias aldeias da região as numerosas procissões deram lugar a simbólicos
cortejos religiosos e a missas campais com o distanciamento social necessário.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>“Não é a mesma coisa, mas as devoções mantêm-se!”,
asseveram os fiéis de Santo António, Anjo da Guarda ou Nossa senhora da
Assunção.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>José Fernando Ferreira da Silva Torres de 54
anos também de férias na região. Natural da Maia mudou-se para o Luxemburgo em
2016 e não está nada arrependido.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Começou a experiência seguindo o exemplo da
primeira e segunda geração de familiares diretos que há muitos anos deixaram
Portugal em busca de uma vida melhor em Angola e na França.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Bem-sucedido, José Torres conseguiu convencer a
esposa e a filha mais nova a seguirem-lhe o rasto.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Chegados lá não sentiram grandes dificuldades
em adaptar-se. Primeiro José que logo iniciou o percurso na área das estruturas
de alumínios e vidro, setor que dominava uma vez que em Portugal também se
dedicou ao ofício.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Para José um cidadão português no Luxemburgo
significa juntar-se a uma comunidade respeitadora “dos direitos e apoios
sociais à família, excecionalmente superiores aos obtidos em Portugal”. <o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>“Na saúde pagamos a consulta médica, mas
posteriormente a caixa nacional de saúde reembolsa-nos com 80 por cento custo”.
Particularidades que fazem toda a diferença num país em que a mão de obra
portuguesa é considerada “valiosa pois adapta-se com facilidade a qualquer
trabalho”.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh22pvpzLtTWb5ztBpxCU4_Xl19852eJKs-ek_xyYR1aKTyZQj5ecC0olRgxXNXeG53yOMvJRGd3hrUNSS9THpe38nlz0FpRHDj_MBdHAaSxHscWL19qj9eurzVOdq-MgfXOfsHTA/s2578/J%25C3%25A1+T%25C3%25ADnhamos+Saudades+Jos%25C3%25A9+Torres+2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><i><img border="0" data-original-height="1220" data-original-width="2578" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh22pvpzLtTWb5ztBpxCU4_Xl19852eJKs-ek_xyYR1aKTyZQj5ecC0olRgxXNXeG53yOMvJRGd3hrUNSS9THpe38nlz0FpRHDj_MBdHAaSxHscWL19qj9eurzVOdq-MgfXOfsHTA/s640/J%25C3%25A1+T%25C3%25ADnhamos+Saudades+Jos%25C3%25A9+Torres+2.jpg" width="640" /></i></span></a></div><span style="font-family: arial;"><i><br /><span face="" style="background: white; color: #222222;"><br /></span></i></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>José não equaciona voltar para Portugal até
porque a esposa, educadora de infância numa organização publica, também está
bem e a restante família também deverá definir o futuro num país onde existem
comunidades portuguesa, italiana e Cabo Verdiana e onde “não sinto que haja
racismo e xenofobia”.<o:p></o:p></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Para a família Torres a pandemia trouxe-lhes as
regras imposições associadas à covid 19, estão ambientados quanto a uma
realidade que “continua a ser negligenciada por cidadãos de todos o mundo”,
embora em países como o Luxemburgo existam “fortes penalizações pecuniárias”
para incumpridores de regras básicas e que dessa forma passarão a corrigir-se.
“O reforço da vigilância policial foi uma das medidas para evitar uma segunda
vaga de coronavírus”, acrescenta o cidadão português que no regresso ao Luxemburgo
irá receber um voucher pago pelo governo local para fazer teste gratuito, tal
qual aconteceu antes de virem para o Fundão.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Dulce Gabriel</i></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18pt; text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><i><span face="" style="color: #222222;"><span>Texto originalmente publicado no suplemento JF COMUNIDADE do Jornal do Fundão em agosto 2020 e que pode ler integralmente aqui </span></span><a href="https://dl-web.meocloud.pt/dlweb/Kze0BqhuQUKzCf9R1l3yqw/download/JF%20Comunidade%20no%20Jornal%20do%20Fund%C3%A3o%20agosto%202020.pdf" style="background-color: transparent; text-align: left;">https://dl-web.meocloud.pt/dlweb/Kze0BqhuQUKzCf9R1l3yqw/download/JF%20Comunidade%20no%20Jornal%20do%20Fund%C3%A3o%20agosto%202020.pdf</a></i></span></p>Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-3803265302333343112020-08-28T12:00:00.005+01:002020-08-28T12:25:04.571+01:00Gerações de Emigrantes regressam em cada Verão <p><span face="" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial; text-align: justify;"><i>A vivenda localizada no 6 da rua da Catraia em
Soalheira é todos os anos em agosto o ponto de encontro das três gerações da
família Lima. António e Maria José já faleceram mas os filhos e netos, futuramente
também os bisnetos, seguem lhes o exemplo num tempo em que a emigração é
bastante diferente da fuga para o estrangeiro a salto e em nome da
necessidade. </i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Emanuel Alves de 39 anos é o anfitrião deste
nosso encontro com a família na freguesia de Soalheira. Natural de Vichy perto de Clermont Ferrand na França é neto da família Lima e nesta conversa
de partilha com os pais Maria de São José Lucas Alves e Francisco Duarte Alves
confidencia-nos que se sente um estrangeiro em Portugal, país onde reside desde
os 23 anos de idade. <o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i><br /></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNamvm69Ct3iYDJyYUZZbLXIomIOZ_lcedTUNRGaQVyBHI3vKMPBs4raRYaNP55waZMSCOxkkb46TPdCNrFM-Lhxdp_J2HegBtQXmTgrUO-9P2xyyyRMQPoItXFPfMY7QE2cI7dg/s2576/Gera%25C3%25A7%25C3%25B5es+de+Emigrantes+-+Fam%25C3%25ADlia+Alves+4.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: arial;"><i><img border="0" data-original-height="1221" data-original-width="2576" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNamvm69Ct3iYDJyYUZZbLXIomIOZ_lcedTUNRGaQVyBHI3vKMPBs4raRYaNP55waZMSCOxkkb46TPdCNrFM-Lhxdp_J2HegBtQXmTgrUO-9P2xyyyRMQPoItXFPfMY7QE2cI7dg/s640/Gera%25C3%25A7%25C3%25B5es+de+Emigrantes+-+Fam%25C3%25ADlia+Alves+4.jpg" width="640" /></i></span></a></div><span style="font-family: arial;"><i><br /><span face="" style="background: white; color: #222222;"><br /></span></i></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>A história deste imigrante começa com o
percurso académico que o levou à Universidade do Minho para fazer Erasmus e à
Universidade da Beira Interior onde em 2004 concretizou um mestrado em economia
que lhe abriu caminho a um contrato de trabalho na administração pública.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Emanuel que hoje é técnico superior no
Município do Fundão sempre gostou de vir a Portugal visitar a família e
conviver com os avós, mas foi o amor pela namorada que conheceu num baile de
Verão que o fez repensar toda a trajetória de vida.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Hoje, casado com a professora do ensino básico
e pai de duas crianças nascidas na região da Cova da Beira. Emanuel explica-nos
que embora o seu adn seja francês não
esqueceu as sensações dos anos em que vinha dois meses no Verão para o
reencontro com avós, tios e primos. “Os cheiros e os sabores são diferentes”,
admite o economista que “gostaria de manter-se em Portugal” acreditando que
também as filhas “ficarão por cá para sempre”. “Uma delas fala corretamente o
português e o francês”, afirma o beirão de sangue luso e mente francesa. “Sou
um estrangeiro com complexos de liberdade de expressão”, confessa o irmão de
Cláudia Alves que, por sua vez, vive em França e regressa a Portugal a cada mês
de agosto.<b><o:p></o:p></b></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>“Foi um mundo novo que se abriu”<o:p></o:p></i></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Os pais de Cláudia e Emanuel estão em França há
mais de 40 anos, seguiram os passos dos progenitores de Maria de São José Lucas
Alves. Atualmente passam o Inverno em França e o Verão em Portugal e na
conversa com o Jornal do Fundão recordaram os tempos antigos descrevendo a
emigração do novo milénio em que “as diferenças económicas se esbateram” pois
atualmente os emigrantes já não deixam o país de origem com o intuito de “ir e
ficar, trabalhando, reunindo recursos para fazer uma casa ou avolumar
património”. <o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Se a primeira geração de emigrantes rasgava
fronteiras para regressar à aldeia Natal e por aqui criar comodidades, a
segunda geração já viaja pelo Portugal até então desconhecido fazendo férias no
Algarve ou noutras paragens do território. Quanto à terceira geração, a família
Alves acredita que poucos terão interesse em retornar às origens familiares.
“Nunca renegarão a pátria mas não virão para a aldeia”, sintetiza Maria de São
José Lucas Alves.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>A matriarca da família recorda com orgulho a
postura que sempre a caracterizou explicando que em França sempre fomentou a
multiculturalidade e integração. “Nunca escondi a dureza das minhas origens no
campo, mas também não fomentava o clubismo”. Muito embora se orgulhe do Benfica
ou da Seleção Portuguesa de Futebol, Maria de São José que foi baby-sitter e empregada de balcão
orgulha-se de “ensinar a língua portuguesa” às netas e às pessoas com quem se
cruzou.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>“Os portugueses são sempre bem acolhidos e
respeitados pela seriedade e por não promovermos o conflito”, diz por seu lado
Francisco Duarte Alves que emigrou mais cedo que a esposa e começou por ganhar
a vida num picadeiro de cavalos”.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>O serviço militar obrigatório levou para
Angola, pertenceu à companhia 2783, e juntamente com outros 150 militares
atuaram na guerra colonial. Mais tarde, regressado a França onde exercia
funções de motorista num matadouro, conheceu a esposa com quem celebrou
matrimónio em 1973. Maria de São José que desde 1972 se encontrava em França ao
pé dos pais (António e Maria José Lima) bebeu do “choque cultural e político”
numa cidade à altura com 30 mil habitantes. <o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>“Foi um mundo novo que se abriu” afirma, segura
e feliz ao JF no dia em que nos recebeu na Soalheira.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>“O português vai atrás das raízes, onde há um
português a comunidade adere”, explicam quase em uníssono os elementos do clã
Alves. Sobre a Soalheira que a mãe diz ser “a terra onde nasci”, e Emanuel vinca
como sendo “o local onde tudo começou”, Cláudia Alves vê-a como um lugar de
“paz e serenidade” onde admite que pretende continuar a vir e ao qual as filhas
estão intimamente ligadas. “A chegada do Verão é contar os dias”, afirma uma
das netas mais crescida. “Quando nos aproximamos de Valladolid sentimos que as
férias já começaram, os níveis de stresse abrandam e aqui chegados estamos em
paz”, conclui Cláudia.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Um emigrante que é viajante no mundo <o:p></o:p></i></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Resiliência e energia não faltam a Carlos Braz
Nunes, 57 anos, natural de Silvares, emigrante desde 1988. Na verdade, o nosso
interlocutor, que regressou esta semana a Portugal para as ferias de Verão, é
mais que emigrante. É um cidadão do mundo que já viveu em Colónia, Eslováquia,
Itália, Inglaterra e Namíbia. <o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Desde a Suíça de onde parte para vir a Portugal
ou para longos períodos de trabalho em outros países, Carlos Nunes diz-nos que
emigrou para conseguir melhores condições de vida e recursos num tempo em que
ser emigrante chegava a ser “estafante”. “Hoje a vida é bastante mais calma,
apesar de viajar muito entre países”, vinca o emigrante manobrador de máquinas
e soldador. “O complicado é passar muito tempo sozinho e não fazer sentido ter
aqui a família, pois há anos em que durmo aqui três noites”, especifica o
silvarense.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Para este filho de emigrantes (os pais
estiveram na França e regressaram a Portugal quando Carlos Nunes tinha 10
anos), vir a Portugal “é quase uma rotina” pois viaja até Silvares mais do que
uma vez por ano por forma a estar junto da família nuclear. “Já nem me preocupo com as malas, viajo de
avião”, particulariza o cidadão que “voltaria a emigrar, mas nunca mais
deixaria a família para trás”. <o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>“A emigração continua a fazer sentido embora os
tempos sejam de maior aperto e dificuldade”. “Antigamente emigrava-se para
amealhar e fazer uma casa. Atualmente é mais complicado, é preciso trabalhar o
casal para termos uma vida tranquila, antes disso ainda é preciso resistirmos
até mantermos um contrato de trabalho definitivo”, explica-nos Carlos Nunes.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Pai de dois filhos adultos e a residirem no
concelho do Fundão, Nunes esclarece que atualmente “o que se ganha aqui é só
para nos mantermos”. “A Suíça não é o que se ganha é o que se paga”, adverte o
cidadão.<o:p></o:p></i></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>E como são as férias de um emigrante, perguntámos.
“Este ano por razões de segurança sanitária não iremos, mas habitualmente a
família passa uns dias no Algarve. Também nos preparamos para o Inverno,
recolhendo lenha”. Carlos, seja bem-vindo à terra encantada!<o:p></o:p></i></span></p><p>
</p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span face="" style="background: white; color: #222222; font-family: arial;"><i>Dulce Gabriel <o:p></o:p></i></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><i><b><span face="" style="background: white; color: #222222;">Texto originalmente publicado no Suplemento JF COMUNIDADE do Jornal do Fundão em agosto 2020 e que pode ler aqui </span></b><a href="https://dl-web.meocloud.pt/dlweb/Kze0BqhuQUKzCf9R1l3yqw/download/JF%20Comunidade%20no%20Jornal%20do%20Fund%C3%A3o%20agosto%202020.pdf" style="text-align: left;">https://dl-web.meocloud.pt/dlweb/Kze0BqhuQUKzCf9R1l3yqw/download/JF%20Comunidade%20no%20Jornal%20do%20Fund%C3%A3o%20agosto%202020.pdf</a></i></span></p><p><br /></p>Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0Fundão, Portugal40.1380138 -7.50107811.827779963821158 -42.657328 68.448247636178849 27.655172tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-44667876765031681752020-07-22T09:59:00.000+01:002020-07-22T10:02:21.660+01:00“Onde houver uma pessoa tem de haver luz e esperança”<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Fonte de vida das nossas aldeias e lugares, estancam por
breves instantes o despovoamento. Graças ao esforço e dedicação de inúmeros
carolas que fazendo dos clubes e associações uma segunda casa e ali promovem
eventos que vão dando vida às sedes e ringues desportivos construídos nos anos
de ouro dos fundos comunitários. É verdade que muitas dessas infraestruturas se
encontram às moscas e estariam mesmo votadas ao abandono não fosse o caso de
existirem aficionados do associativismo que ao fim de semana ou à hora do café,
antes da missa ou em dias de futebol metem a chave na fechadura e abrem as
coletividades onde se juntam as poucas pessoas que ainda residem nas aldeias do
Interior. Felizmente vai havendo associações que agregam centenas de jovens,
adultos e idos à volta das atividades que promovem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">O Clube
de Amigos da Panasqueira</span></b><span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">, freguesia de São Jorge da Beira, é um desses pontos de
encontro para a hora da bica. Tiago Silva é o rosto da esperança e do
desalento. “As pessoas desinteressam-se pelas coletividades, o despovoamento é
cada vez mais acentuado, somos sempre os mesmos mas nem que seja só por uma
pessoa, continuamos a abrir o clube”, desabafa ao Jornal do Fundão o dirigente
nascido em 1977. Saudosista dos anos de ouro da vida nas Minas da Panasqueira,
quando os locais povoavam o Clube de Amigos da Panasqueira e também passavam
muito tempo no Clube Recreativo da Barroca Grande. Tiago Silva ouvia contar às
pessoas mais antigas que chegou a haver cinema num outro edifício agora
degradado. Na Panasqueira onde residem agora cerca de meia centena de pessoas,
Tiago Silva continua a sonhar com a recuperação do imóvel onde “poderíamos
fazer um anfiteatro para as atividades que no Verão realizamos ao ar livre aqui
no Clube”. Ideias não faltam a quem resiste no Couto Mineiro e nos diz que
“onde houver uma pessoa tem de haver luz e esperança”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN9UMnjlVTn8ivsRFiBGcmJFmbu0y5hZnsre1wAXgykv8QH_qXtd_-s57yE8TEzzawsAYCpk1fsQT2guVMXS1D_KB4YSzJ5TkT8jWvhjF4R1-cGlmIRtkYAAvtydXpuOR44KQsIQ/s1600/Clube+dos+Amigos+da+Panasqueira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN9UMnjlVTn8ivsRFiBGcmJFmbu0y5hZnsre1wAXgykv8QH_qXtd_-s57yE8TEzzawsAYCpk1fsQT2guVMXS1D_KB4YSzJ5TkT8jWvhjF4R1-cGlmIRtkYAAvtydXpuOR44KQsIQ/s320/Clube+dos+Amigos+da+Panasqueira.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Prosseguimos viagem e chegamos ao <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sport Club Estrela da Pousadinha</b> coletividade que se localiza na
encosta da Serra da Estrela, no bairro da Pousadinha, pertencendo à União de
Freguesias Cantar-Galo e Vila do Carvalho. Foi fundado no dia 1 de Janeiro de
1977, quando dez moradores se juntaram com o intuito de formarem uma associação
que visava o “engrandecimento da cultura e do desporto. A criação desta
Associação surgiu da necessidade de os naturais do Bairro da Pousadinha
estabelecerem laços de convívio com as gentes oriundas de outras freguesia,
nomeadamente de Verdelhos, que iam à Covilhã trabalhar nos lanifícios e por ali
se encontravam. O clube que chegou a funcionar no café Estrela passou depois a
ter sede social e fama pela </span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">prática
de snooker, pool e pingue-pongue. Procurado por pessoas de localidades e concelhos
vizinhos o Pousadinha também tem realizado torneios de futebol e futsal, torneios
de malha e matraquilhos e provas de BTT. “Há dois anos deixamos o BTT pois
ficava dispendioso realizar provas que juntavam mais de cem praticantes de todo
o pais não se pagavam só com os subsídios”, revelou ao JF o atual presidente da
direção. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoiW5G3p6EMHB1ZEr926dqVfa1qdkLF6-sFDcHmLuzRWqLEribhOZjkV18wjCHhQtjaVDSK1QS0mHJ7hlhyphenhyphenV5wl6Fy2t62uugisMyiLNhiW7IvJUmaZ390U6xffUkJTIrqjK-YIQ/s1600/Pousadinha+-+Grupo+de+Cantares.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoiW5G3p6EMHB1ZEr926dqVfa1qdkLF6-sFDcHmLuzRWqLEribhOZjkV18wjCHhQtjaVDSK1QS0mHJ7hlhyphenhyphenV5wl6Fy2t62uugisMyiLNhiW7IvJUmaZ390U6xffUkJTIrqjK-YIQ/s320/Pousadinha+-+Grupo+de+Cantares.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">António
Pereira vinca ainda a importância do atletismo que nos anos 80 tinha forte
adesão. Conta-nos ainda do título de Campeão Nacional de Matraquilhos na 2ª
divisão e dos êxitos da equipa de damas. “A única federada no distrito”,
especifica. O dirigente revela ainda a urgência em colocar piso sintético e
balneários condignos no polidesportivo onde “habitualmente uma centena de
miúdos e jovens praticam futsal”. Vocacionado para a mocidade e seniores o Sport
Clube da Pousadinha criou um Grupo de Cantares que “realiza vinte atuações por
ano”. <span style="background: white;">Atualmente esta coletividade atravessa uma
fase positiva, movimentando semanalmente dezenas de pessoas e reunindo cerca de
300 associados dos 10 aos 90 anos. </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Da Estrela para a Gardunha é um pulinho e na serra no
concelho do Fundão há um local paradisíaco cuja esplanada é dinamizada pelo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Grupo Cultural Recreativo e Desportivo de
Alcongosta</b> há três anos reativado por um grupo de naturais ou residentes na
freguesia. Ana Rodrigues que lidera a assembleia geral não esconde o entusiasmo
quanto à coletividade como “ponto de encontro” e “espaço agregador” de pessoas
de todas as idades. A sede do Clube, localizada no mesmo edifício da Junta de
Freguesia e Centro de Dia da localidade só abre ao fim-de-semana. É lugar de
convívio inter geracional uma vez que algumas atividades fomentam o diálogo
entre associados, filhos, avós e netos. Embora não desenvolvam atividades
federadas, Ana Rodrigues recua aos anos 90 do século XX elencando os torneios
de futebol de cinco e o atletismo </span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">como
atividades marcantes no percurso da coletividade com 42 anos de existência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmHbHSdcC4s75mEYFlh8mNS3_bLMcXntJhLEvzFDL7wj70JOMRPVYh2nXSLsR-nKAO00dMpJG8Wt8XKvH2TufA5Jm97QZuu25w59FYybfloRocoJ2RQ7G2HcLFCGd9pUIxuQqaQw/s1600/Clube+Alcongosta+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="718" data-original-width="960" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmHbHSdcC4s75mEYFlh8mNS3_bLMcXntJhLEvzFDL7wj70JOMRPVYh2nXSLsR-nKAO00dMpJG8Wt8XKvH2TufA5Jm97QZuu25w59FYybfloRocoJ2RQ7G2HcLFCGd9pUIxuQqaQw/s320/Clube+Alcongosta+2.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">A
coletividade que já foi Clube Académico de Alcongosta deu continuidade à história
desportiva da freguesia que nos anos 30 acolheu os primeiros jogos de futebol
contra aldeias vizinhas. Nos anos 60, Alcongosta teve, aliás, uma equipa de
futebol cuja identificação - "Estrelas Vermelhas"- fazia jus à terra
da cereja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Memória que a atual equipa diretiva gosta de perpetuar
envolvendo-se na dinâmica de grupo. Pedro Nunes, Patrícia Fernandes, Telma
Rolão, São Henriques ou André Reis estão entre os atuais dirigentes que em nome
do convívio e vida na freguesia arregaçam as mangas para o que for preciso.
Além da abertura da sede social e das iniciativas ao ar livre no bar junto à
Casa Florestal de Alcongosta, organizam torneios e caminhadas. Não há muito
tempo remodelaram a sede social “desde o pavimento à eletricidade”, a mão-de-obra
foi dos dirigentes e sócios que no Verão ocuparam o tempo livre na exploração
do bar na serra e na aplicação dessas verbas na melhoria da sede social. Que
nunca lhes faltem as boas energias! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Originalmente publicado no Suplemento JF Comunidade do Jornal do Fundão de dia 16 julho 2020 </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNyyWMp63EwqqI0PUS5OOedYX5I44SsmezREK4SjKv4wzbf2wNo3w6U85cylPMZMfeVvGZiYRsnu3zB7XxlcZEkWcYmUDiRd2YQNUmZLD413ApR7wI9TK_BBG-PRSCg_e_P6ALjw/s1600/20200722_094607.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="813" data-original-width="1600" height="162" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNyyWMp63EwqqI0PUS5OOedYX5I44SsmezREK4SjKv4wzbf2wNo3w6U85cylPMZMfeVvGZiYRsnu3zB7XxlcZEkWcYmUDiRd2YQNUmZLD413ApR7wI9TK_BBG-PRSCg_e_P6ALjw/s320/20200722_094607.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<br />Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0Fundão, Portugal40.1380138 -7.50107839.749487300000006 -8.146525 40.5265403 -6.855631tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-50776654254607879922020-07-14T11:18:00.004+01:002020-07-14T15:45:47.692+01:00Centenário Amália Rodrigues <div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O Fundão está na
rota das comemorações do centenário do nascimento de Amália Rodrigues. Expoente
máximo do fado, mulher amada ou rainha do fado, Amália nem sempre foi
acarinhada pelo seu Fundão. </span><span style="color: black; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Isso mesmo confirmaram no programa
«Porque Hoje é Domingo» da Rádio Cova da Beira os convidados da emissão de dia
12 de julho que quiseram partilhar comigo e com os seguidores do
programa, que está no ar desde 2013, os convidados da mesa redonda radiofónica
que antecede um conjunto de iniciativas concelhios a realizar no Fundão a
partir do dia 23 de julho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs2oKvpxPtuHIUhOwAWLgCYVoKsWCalwYFA1xi6omn2QW4yO_1xup0PvQ9FSsBi_klnF6kPC3MbwZyciBztqTU6eDXC9tFd-4pHZ4e419KmGvI7dyQJEOPgRVHpKquaGf6Rw8_qA/s1600/Porque+Hoje+%25C3%25A9+Domingo+-+AM%25C3%2581LIA.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="758" data-original-width="1600" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs2oKvpxPtuHIUhOwAWLgCYVoKsWCalwYFA1xi6omn2QW4yO_1xup0PvQ9FSsBi_klnF6kPC3MbwZyciBztqTU6eDXC9tFd-4pHZ4e419KmGvI7dyQJEOPgRVHpKquaGf6Rw8_qA/s320/Porque+Hoje+%25C3%25A9+Domingo+-+AM%25C3%2581LIA.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span><span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Estórias com gente dentro numa
conversa com José Manuel Lopes Rodrigues (sobrinho de Amália Rodrigues), António
Fernandes (escritor e cronista) José Filipe Gonçalves (primo de Amália) e
Alcina Cerdeira (vereadora da cultura no Município do Fundão). </span><span style="color: black; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Das comemorações à memória viva de Amália Rodrigues num registo informal e
emotivo que podem ouvir neste link: </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><a href="file:///C:/Users/Dulce/Documents/Porque%20Hoje%20%C3%A9%20Domingo%20-%20Am%C3%A1lia.docx"></a><a href="https://www.mixcloud.com/dulcegabriel58/stream/">https://www.mixcloud.com/dulcegabriel58/stream/</a></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvKVZv-RAm4tyZKvgkNTn9aXqxp_HGy008LmleY1vzjqFi9CbvQv7lc5wgd7hrEbxQPL7J4tEcf_Ad94mkgL0Xecv_H1kAQ60sLiDFaCW1e3VJ-b0gCMVXUlsCWXNjtyPYHSyzRA/s1600/centen%25C3%25A1rio+Am%25C3%25A1lia.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="678" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvKVZv-RAm4tyZKvgkNTn9aXqxp_HGy008LmleY1vzjqFi9CbvQv7lc5wgd7hrEbxQPL7J4tEcf_Ad94mkgL0Xecv_H1kAQ60sLiDFaCW1e3VJ-b0gCMVXUlsCWXNjtyPYHSyzRA/s320/centen%25C3%25A1rio+Am%25C3%25A1lia.jpg" width="226" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><a href="file:///C:/Users/Dulce/Documents/Porque%20Hoje%20%C3%A9%20Domingo%20-%20Am%C3%A1lia.docx"><br /></a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Amália da Piedade Rebordão
Rodrigues não passava despercebida, “atraia a rapaziada, toda a gente queria
estar com ela, mulher de visão libertadora que também gostava de passear”, disseram
os meus interlocutores na telefonia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Trovadora triste e melancólica
mas também alegre e feliz, assim a descreve o sobrinho José Manuel Lopes
Rodrigues que se lembra da “tristeza e algum desgosto” que caracterizavam
Amália sempre que recordava as passagens pelo Fundão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Na então vila onde chegou a atuar
no Casino, havia uma elite feminina desconfortável com a presença da
embaixadora do fado. Realidades indesmentíveis dizem os vários registos
consultados na imprensa de época e no Jornal do Fundão, semanário onde chegaram
a ser publicadas intervenções públicas quanto aos atrasos na entrega da Medalha
de Ouro do Fundão que deveria ter-lhe sido atribuída em vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“O Fundão não tem grande carinho
por mim”, diria numa entrevista a fadista cuja condecoração do Município aprovada em 1989 - data dos 50 anos de carreira da artista - nunca recebeu. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mais tarde, depois de várias
observações e criticas na imprensa, o executivo camarário remediou a falha e
entregou ao sobrinho José Manuel Lopes Rodrigues a dita medalha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">De fato Amália foi mal amada no
seu Fundão. Há até o registo factual da “atuação de Amália no Casino em 1946, na
companhia do Grupo Cénico e a lápide que assinalava a presença da artista
desapareceu”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Oriunda de uma família modesta e
numerosa, Amália Rodrigues que os admiradores caracterizavam como “rouxinol da
senhora da Conceição” era afinal uma beirã que também deu concertos na Covilhã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“Certa vez chegou a casa da minha
mãe já de madrugada e apesar da hora tardia houve anedotas, bolos da Joaquina
do forno e queijo curado” partilhou o primo José Filipe Gonçalves.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">António Alves Fernandes, fã
incondicional de Amália, recorda-se do pai “apaixonado” pelo percurso, dotes
vocais e talento da fadista maior, encarada pela imprensa da especialidade como
uma artista “com futuro risonho”, prognosticavam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Memórias partilhadas no programa <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">«Porque Hoje é Domingo» </b>da Rádio Cova
da Beira onde foi possível revistar a ida de Amália à Santa Luzia, com Varela
Silva e a irmão Celeste Rodrigues, entoando cânticos alusivos à padroeira da
visão e num carro de bois bastante bem enfeitado, revelaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Uma conversa que antecipou a
comemoração local do centenário de nascimento de Amália cujo programa prevê a
edição pelo Jornal do Fundão de um livro com ilustrações do arquiteto Álvaro
Siza Vieira e um mural de arte urbana assinado por Frederico Draw que se
localiza nas imediações da Praça Amália Rodrigues.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIJ0Rn3SAWsMqSuYvawpeeQAsCBieQCS2U335vOjxJ2l9suaPwOtTDpuQNgDlpVcq6U9s8fCGcpxCwhHJ1m54VehxWOPaeuoMUFSlKqPYWEOLGeVgVSoetME3G5CseSxybXbpKqQ/s1600/Mural+am%25C3%25A1lia.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="602" data-original-width="915" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIJ0Rn3SAWsMqSuYvawpeeQAsCBieQCS2U335vOjxJ2l9suaPwOtTDpuQNgDlpVcq6U9s8fCGcpxCwhHJ1m54VehxWOPaeuoMUFSlKqPYWEOLGeVgVSoetME3G5CseSxybXbpKqQ/s320/Mural+am%25C3%25A1lia.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ao longo de um ano haverá, também
no Fundão, um conjunto de iniciativas culturais como a estreia em dezembro de
2020 de um Musical assinado por Rita Ribeiro com figurinos de Carlos Gil
(estilista do Fundão), um concerto com Mariza em agosto de 2021 ou a atuação de
Lula Pena também no Fundão mas em outubro do próximo ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A programação está disponível
aqui </span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><a href="https://centenarioamaliarodrigues.pt/tag/mais-programas/">https://centenarioamaliarodrigues.pt/tag/mais-programas/</a></span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0Fundão, Portugal40.1380138 -7.50107839.749487300000006 -8.146525 40.5265403 -6.855631tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-90515778234764203062020-06-27T18:32:00.001+01:002020-06-29T14:37:35.442+01:00Parabéns Nanda Chegar aos 60 rodeada de amig@s.<br />
Nada de surpreendente se a aniversariante é amiga de muitas pessoas.<br />
Em várias geografias.<br />
<br />
Cada uma de nós mora, à sua maneira, nas gavetas da Neves, da Nanda, da Fernanda, da moça da pastelaria Jardim. <br />
Quase toda a gente conhece a Nanda ou a pastelaria da Nanda.<br />
<br />
Pela simpatia e acolhimento. Pela forma como se envolve na vida da comunidade. Pela popularidade. <br />
Fundamentalmente pela generosidade que caracteriza a Nanda.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje6leKWxpSe6AAZ94P7G0UJVv81XJLi8DmcwSD4jWoIX5e_wAQicVW4QZLNKafXJXmWAlUnqths4dtMPNfC8_htmiJ56SlDCyXGluI8ONF5zicqXVSnNrmQOOMEis8UhzEzzq3xg/s1600/20200627_145609.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="758" data-original-width="1600" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje6leKWxpSe6AAZ94P7G0UJVv81XJLi8DmcwSD4jWoIX5e_wAQicVW4QZLNKafXJXmWAlUnqths4dtMPNfC8_htmiJ56SlDCyXGluI8ONF5zicqXVSnNrmQOOMEis8UhzEzzq3xg/s320/20200627_145609.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Não tenho presente o ano em que nos conhecemos. Sei que, ainda menina e aprendiz de jornalista, tinha [e ainda tenho] na Nanda e na sua pastelaria um porto de abrigo para tudo o que fosse [seja] preciso. <br />
<br />
Da Nanda e do seu saudoso pai recebi muitas vezes deliciosas tostas mistas ou generosas sandes que um confeccionada e o outro - a Nanda - levava ao segundo andar do prédio no Beco dos Borracheiros ou Rua 5 de Outubro onde durante anos se fez a Rádio Jornal do Fundão.<br />
<br />
A Nanda fonte de informação. É das pessoas que mais conhece @s transeuntes da cidade e arredores.<br />
A Nanda alerta. Uma espécie de provedora do cidadão comum com problemas como os nossos e dos quais subtraia informação tantas vezes importante na busca de notícias ou no cruzamento de fontes fidedignas de informação.<br />
<br />
Ela e a pastelaria, negócio de família, onde me tenho cruzado com tantas das minhas pessoas ou protagonistas de outras realidades que povoam a minha própria existência. <br />
<br />
A Nanda que recebia o telegrama do meu admirador secreto ou observava os namoricos da minha eterna juventude.<br />
<br />
A mulher que tantas vezes foi ombro amigo e me secou as lágrimas no fatídico ano de 1996. E nos meses que antecedem a morte da minha amada mãe. <br />
Deve ser por isso que ainda sei de cor o telefone da pastelaria Jardim.<br />
<br />
É também por isso que aqui alinho estas breves palavras de gratidão à dedicação da Nanda. <br />
Esta é uma narrativa de saudade dos tempos idos.<br />
Uma janela para a memória dos dias claros pois a amizade entre as pessoas deve ser sempre transparente e límpida.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Vc_fOHhYoUhpnvOdRttLRalSbP0KtcLtQ-Q5tvRxnv3wWRDvipCQZ_GxWt84WhBeLS-QfmLV4uJIrsjjn3ZGsEIUDrHXl3qoNZusm_uhrSucPa6ts7h0e-Opu9_br_xgEBi4Mg/s1600/20200627_161552.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1336" data-original-width="1600" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1Vc_fOHhYoUhpnvOdRttLRalSbP0KtcLtQ-Q5tvRxnv3wWRDvipCQZ_GxWt84WhBeLS-QfmLV4uJIrsjjn3ZGsEIUDrHXl3qoNZusm_uhrSucPa6ts7h0e-Opu9_br_xgEBi4Mg/s320/20200627_161552.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Parabéns querida Nanda. Parabéns pelos 60 !<br />
<br />
Oxalá consigamos continuar por aqui, por aí, a celebrar a vida e cantar vivas à Amizade. <br />
Como o fizemos neste dia 27-06-2020, ainda sob as regras de um estado de calamidade que já foi de emergência e nos obrigou a ficar confinadas à nossa casa e família chegada.<br />
<br />
Memorizando: Chegaste aos 60 no ano da pandemia covid 19.<br />
<br />
Brindemos à vida.<br />
À saúde.<br />
À tua saúde e das pessoas que mais gostas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsViRRe_tJCh9s9lN_uQ1QiCNVL0NnhDd5nzComag9mzvn_wRyKYIoU544tNBU0bFAL4bbR8JCHghsldANwHPMURUyXolt82AKMS3YUWlUN7e8Ynw6k0nwylRahcALndv3xuiCtg/s1600/20200627_152407.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="758" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsViRRe_tJCh9s9lN_uQ1QiCNVL0NnhDd5nzComag9mzvn_wRyKYIoU544tNBU0bFAL4bbR8JCHghsldANwHPMURUyXolt82AKMS3YUWlUN7e8Ynw6k0nwylRahcALndv3xuiCtg/s320/20200627_152407.jpg" width="151" /></a></div>
<br />
Abraço. <!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_200627_182348_578.sdoc-->Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0Fundão, Portugal40.1380138 -7.50107839.749487300000006 -8.146525 40.5265403 -6.855631tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-10733669694948721922020-06-23T11:02:00.000+01:002020-06-23T11:02:13.811+01:00Memória anos 70 <span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;">No outro dia a RTP Memória surpreendeu-nos com a transmissão de um documentário sobre as tradições religiosas de Castelo Novo e o calendário agrícola. As filmagens remetem-nos para o ano de 1973 do século XX e são uma viagem pela preparação das festas do Corpo de Deus.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;">«Ensaio» é o título do documentário que pode revisitar nestes dois links:</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/castelo-velho-castelo-novo-parte-i/">https://arquivos.rtp.pt/conteudos/castelo-velho-castelo-novo-parte-i/</a><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;">Neste vídeo observamos o cruzeiro, estradas romanas, vista geral, castelo, lagareta (ruína romana); declarações de José Falcão, presidente da Junta de Freguesia, junto a cruzeiro, sobre a Freguesia e a emigração, intercaladas com imagens de brasão na fachada da Casa da Família Falcão, Chafariz Fundeiro, frontaria da Igreja Matriz, varanda de madeira, fachada de capela e detalhes do sino e da cruz, pormenores de janelas e ruas. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;">Seguem-se "Os Trabalhos do Campo": camponesas a sacharem milho; comentários de camponesas sobre o trabalho agrícola e a família; declarações de José Falcão, sobre a antiga fábrica de lanifícios, intercaladas com imagens do edifício fabril degradado. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;">"A Urdidura do Fio": fios de linho esticados; caixa com novelos de algodão; Maria Saraiva, urdideira, a trabalhar o fio de linho e declarações da mesma sobre a atividade, os utensílios usados e a vida familiar; vista geral de Castelo Novo; capela: detalhe de sino e escadaria; jornalista entrevista José Falcão sobre as Festas do Corpo de Deus e o leilão de beneficência; fiéis em frente à Igreja Matriz. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;">"A Procissão do Corpo de Deus": procissão do Corpo de Deus: pessoas a sair da Igreja Matriz, a descer as ruas, a passar junto do Pelourinho e à Casa da Câmara; torre com relógio; movimento de rua.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<a href="https://arquivos.rtp.pt/conteudos/castelo-velho-castelo-novo-parte-ii/">https://arquivos.rtp.pt/conteudos/castelo-velho-castelo-novo-parte-ii/</a><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;">Na preparação das festas: homem a acender e a largar foguete, mulheres com criança pela mão, mesas ao ar livre com fruta, habitantes a conviverem. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;">"O Leilão das Fogaças": leilão das fogaças, homem em cima de mesas a leiloar coelho, mesas com as fogaças e populares à volta; comentários de populares sobre a aldeia, intercalados com imagens de leilão, janela com flores e roupa estendida, ruas de Castelo Novo e fachadas de edifícios e mulher em soleira de porta. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;">"Conversa com o Pregoeiro": entrevista a José António Campos, leiloeiro e trabalhador da construção civil, sobre as suas profissões e o interesse em morar em Castelo Novo, intercalados com vista geral da Serra da Gardunha e fachadas de edifícios; declarações de José Falcão sobre o regresso de naturais a Castelo Novo, durante as festas populares e após a reforma, intercaladas com imagens do castelo, alpendre em edifício degradado, vasos de flores em fachadas de edifícios e criança à janela. </span><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;">Comentários de José António Campos sobre as diversões existentes em Castelo Novo e as ocupações dos jovens; altifalante em árvore.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"> "O Baile": jovens a dançarem em baile na rua e pessoas a assistirem; declarações de José Falcão sobre a Liga de Amigos de Castelo Novo e as infraestruturas planeadas para a aldeia, intercaladas com imagens de homem a trabalhar no campo, fonte e muralha do castelo.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #37474f; font-family: roboto, Arial, "Helvetica Neue", Helvetica, serif; font-size: 15px;">José Falcão, visionário presidente de junta de freguesia num território que chegou a ser sede de concelho e no qual desde sempre se elege a Gardunha, a frescura da água do Alardo e o turismo como elementos de capacitação e valorização da aldeia.</span>Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0Castelo Novo, Portugal40.0778556 -7.496546299999999439.980617099999996 -7.6579077999999994 40.1750941 -7.3351847999999995tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-75711104416618853582020-06-16T09:53:00.001+01:002020-06-16T10:05:02.217+01:00Castelo Novo esse amor sem rosto<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/Q_3IDQ7AJcg" width="480"></iframe><br />
<br />
Há lugares que de tão mágicos nos exortam a viajar pelo tempo. Castelo Novo, aqui retratado em drone é um desses pontos de paragem obrigatória no reencontro com o ser.<br />
<br />
Observar a calmaria desta terra encravada na tantas vezes massacrada serra da Gardunha é alimentar a esperança de que um dia a beleza ímpar do casario, a imponência dos monumentos e as características da paisagem haverão de devolver a Castelo Novo a vida que merece.<br />
<br />
A Aldeia Histórica de Portugal será, então, mais que memória e promessas adiadas. Será vida de pleno direito com investimento publico à altura de uma povoação amada pelos visitantes.<br />
<br />
Amar Castelo Novo é senti-lo muito para lá das pessoas. É perceber que esta geografia que nos inspira não nos trai, como tantas vezes o homem traiu esta jóia do nosso património.<br />
<br />
Castelo Novo é paz, serenidade e sensação de segurança. É sonho e horizonte de glória.<br />
<br />
É acreditar que em cada dia há uma nova luz de esperança a fazer-nos ficar.<br />
<br />
Voltar. Uma e outra vez. Sempre na expectativa de a capacitarmos.<br />
<br />
Castelo Novo, um amor sem rosto!Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0Castelo Novo, Portugal40.0778556 -7.496546299999999439.980617099999996 -7.6579077999999994 40.1750941 -7.3351847999999995tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-80202445929586426722020-05-23T15:46:00.001+01:002020-05-26T15:26:58.882+01:00Desconfinando <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWDX2f3B3xMdNq6tUyljbPLCCBYIMqWFVjRtmCePbVUMmkTtLO7jKMRsVuVdBwInVOhQMvj-7m1o_NPX8GClBOek3jYAcuF-XelvCo24THJXEhnxC8wJH2JKIVRAzeBfOpibhS4g/s1600/IMG-20200522-WA0001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWDX2f3B3xMdNq6tUyljbPLCCBYIMqWFVjRtmCePbVUMmkTtLO7jKMRsVuVdBwInVOhQMvj-7m1o_NPX8GClBOek3jYAcuF-XelvCo24THJXEhnxC8wJH2JKIVRAzeBfOpibhS4g/s320/IMG-20200522-WA0001.jpg" width="320" /></a></div>
<div dir="ltr">
Registo para memória futura do rendez vous entre amigas, dois meses e meio após a declaração de pandemia por causa do Covid-19. Seguiu-se o Estado de Emergência e depois o de Calamidade. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSZqDGKwj1pqGmvh58Q6fcGsQnmUfQYMtCirAj7zDP9wLQCwbsRgCTiQ4LFwknJUlo9-gtu0ruuU-ro60K2k7IjlK-GN0mEKZOzVO1uTQNQbr-jUnMrvzO0h-wC3BheGMAtNT09g/s1600/IMG-20200522-WA0003.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSZqDGKwj1pqGmvh58Q6fcGsQnmUfQYMtCirAj7zDP9wLQCwbsRgCTiQ4LFwknJUlo9-gtu0ruuU-ro60K2k7IjlK-GN0mEKZOzVO1uTQNQbr-jUnMrvzO0h-wC3BheGMAtNT09g/s320/IMG-20200522-WA0003.jpg" width="320" /></a></div>
<div dir="ltr">
<br /></div>
<div dir="ltr">
Agora que estamos à beira de uma nova fase do desconfinamento não resistimos à tentação de afogar a saudade na gulosa sangria tinta que a nossa Nanda preparou para o lanche com produtos locais e como sinal da nossa resistência à maior ameaça recente da humanidade. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiW8f04IZZI8j197Wf9muRiCYsahJpNKyZ-aYoqYmcGPkoBB0AtvpR9XMdFXw3xQQpLXQ8XIXiIil8DY40oKXh92BZeVcL4z_c5zgulL3t3w-8Y721HxiZ3ZZEMhrbWQ0Ra9dwLQ/s1600/FB_IMG_1590190899063.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiW8f04IZZI8j197Wf9muRiCYsahJpNKyZ-aYoqYmcGPkoBB0AtvpR9XMdFXw3xQQpLXQ8XIXiIil8DY40oKXh92BZeVcL4z_c5zgulL3t3w-8Y721HxiZ3ZZEMhrbWQ0Ra9dwLQ/s320/FB_IMG_1590190899063.jpg" width="320" /></a></div>
<div dir="ltr">
<br /></div>
<div dir="ltr">
Cansadas deste novo normal que para todas nós é uma espécie de degredo resolvemos desafiar a sorte e dizer presente. A vida é para ser vivida, mesmo se o inominável bicho não nos deixa abraçar, largar a máscara e retomar a regularidade de cada final de sexta-feira. Mas este reencontro que soube a esperança faz-nos antever resiliência e determinação na luta pela saúde de todas as pessoas. </div>
<div dir="ltr">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh19zXG8xBDTZCYV80vo19YHsicFjk2lUKWXRmoaWQf1q-qYaEEbJa8JuJ6Je-Fn55jnqS_3f-JGX4F2gguxKsBZbQnDQ-Y89Gok6bBZmJ9JFlvaEWigmM_zZRsoJhw-95pTTEckA/s1600/20200522_184337.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="759" data-original-width="1600" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh19zXG8xBDTZCYV80vo19YHsicFjk2lUKWXRmoaWQf1q-qYaEEbJa8JuJ6Je-Fn55jnqS_3f-JGX4F2gguxKsBZbQnDQ-Y89Gok6bBZmJ9JFlvaEWigmM_zZRsoJhw-95pTTEckA/s320/20200522_184337.jpg" width="320" /></a></div>
<div dir="ltr">
<br /></div>
<div dir="ltr">
Foi uma vez sem exemplo, mas quando esta guerra silenciosa terminar iremos celebrar a resistência num mega jantar com tudo aquilo a que temos direito.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5V4OSJlNI2nJaEatYsxLF0pZppi2yCr6ttZlemo2MWcRUdYALoIQRqQqyOmvpk9rDLp35e6pt3WbY8_FzA5GfHQrIq9SSpZCOPZArojjI9bV1yLsygvn3yOmHB7GkCD2gjHK7GA/s1600/IMG-20200522-WA0004.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5V4OSJlNI2nJaEatYsxLF0pZppi2yCr6ttZlemo2MWcRUdYALoIQRqQqyOmvpk9rDLp35e6pt3WbY8_FzA5GfHQrIq9SSpZCOPZArojjI9bV1yLsygvn3yOmHB7GkCD2gjHK7GA/s320/IMG-20200522-WA0004.jpg" width="320" /></a></div>
<div dir="ltr">
<br /></div>
<br />Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0Fundão, Portugal40.1380138 -7.50107839.749487300000006 -8.146525 40.5265403 -6.855631tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-63611221691819094862020-04-24T16:06:00.001+01:002020-04-24T16:19:46.953+01:00Instantes do Meu Confinamento 6<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Já não escrevo diários da pandemia há quase 20 dias.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Estou em semi confinamento há
mais de um mês. Tantos dias, quantas as vezes que fui e vim do trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Estas viagens casa - Santa Casa
da Misericórdia do Fundão com direito a paragens pontuais para abastecer a
despensa cá de casa têm-me deixado respirar. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Pouco mais que isso.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Contrariando a expectativa
inicial que apontava para um período de algum relaxe nas obrigações
profissionais e tempo, com fartura, para devolver disponibilidade e entrega a mil
coisas pendentes revelou-se um engano.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Eu vou e venho, ligo e desligo
o pensamento das obrigações. Mas não consigo ter energia suficiente para me
concentrar em algo prazeroso, aprazível, capaz de me fazer sentir plenamente
feliz.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Hoje confessava a uma amiga a
minha frustração e aborrecimento interior quanto à incapacidade de dar
expressão escrita às múltiplas vivências que têm caracterizado este mês e tal de
conversação factual com profissionais do Terceiro Setor. Pessoas como nós que, de forma exemplar, têm vivido a pandemia da covid 19 com um sentido de entrega e criatividade
ímpares. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">E chegam-me relatos de pessoas
igualmente excecionais cuja batalha contra o coronavírus se tem revestido de
tantas narrativas emotivas e cheias de vida!<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Que preguiça mental é esta que
me devora a mente e faz de mim um ser incapaz de concentrar-se na essência das
experiências maiores e cheias de sentimento?!<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Que espécie de cansaço mental se
abateu sobre mim que não vislumbro uma luz para o ócio?<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYdJCkLeFQpP9f4iySV0mmIvc-zectpXhpzCUvXocCKsFvBjULp1rUb8yXXkesc2iDzUyYlLsMy0frOsV3fLGDogwPiWSD_LC8wF99tTbS-kcZ91V6NclPUSk5jAAjSJdjErc30g/s1600/ARANHI%25C3%2587AS+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYdJCkLeFQpP9f4iySV0mmIvc-zectpXhpzCUvXocCKsFvBjULp1rUb8yXXkesc2iDzUyYlLsMy0frOsV3fLGDogwPiWSD_LC8wF99tTbS-kcZ91V6NclPUSk5jAAjSJdjErc30g/s320/ARANHI%25C3%2587AS+3.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Reflexões, no exato momento em
que a memória me recorda: Dulce tens horas de perguntas e respostas cujo conteúdo
precisas transcrever, dando continuidade a um dos mais importantes projetos do corrente
ano.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Raios partam a pandemia, a
passividade ou a saudade das semanas que chegavam ao fim com direito ao
exercício mental de realizar as conversas no «Porque Hoje é Domingo» na Rádio
Cova da Beira.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Depois havia os jantares com as
amigas de uma vida, os lanches e petiscos na nossa amada Nanda.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Desta vez nem fizemos o
ajuntamento maior que assinalava o fim do Inverno e a chegada da Primavera !<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span>
<span style="font-size: 13.5pt;">Conseguiremos despedir-nos do Outono?</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Saudades vossas minhas
aranhiças do coração!<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiUkXSaS82HT5OhMqKtpxwQ8anZeNlDWBMv3rkS_qXpSOMZoPEzaYMby45Z-ccl4IKW3nlReC3EWO8Ypl36uX0A8NKb2OjOLAhBfxDxFalhk-Uv8kcg2DE3QY5cUuXjAws50UMfQ/s1600/ARANHI%25C3%2587AS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiUkXSaS82HT5OhMqKtpxwQ8anZeNlDWBMv3rkS_qXpSOMZoPEzaYMby45Z-ccl4IKW3nlReC3EWO8Ypl36uX0A8NKb2OjOLAhBfxDxFalhk-Uv8kcg2DE3QY5cUuXjAws50UMfQ/s320/ARANHI%25C3%2587AS.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<br />Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0Fundão, Portugal40.1380138 -7.50107839.749487300000006 -8.146525 40.5265403 -6.855631tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-89636141808687189682020-04-08T14:25:00.000+01:002020-04-08T14:26:24.547+01:00Instantes do Meu Confinamento 5 <br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Quando Esperar não é uma perda de
tempo</span></b><span style="font-family: "arial" , sans-serif;">…</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Sempre fui
avessa ao nim, nem não nem sim, ao logo se vê, depois falamos, cada coisa a seu
tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxv-TpJmksDCELou_wgLv8BKvrAP1-7tvQbqMe6dmSfJF_cneReUlHqnyPiL-d81bqBum12X3SsnBMmtBtCox_inLyWruqCEDNe8PP6oPgCC95Gvy5dNXn0GIQ7dufrQZQWqIkDg/s1600/negatividade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="198" data-original-width="500" height="126" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxv-TpJmksDCELou_wgLv8BKvrAP1-7tvQbqMe6dmSfJF_cneReUlHqnyPiL-d81bqBum12X3SsnBMmtBtCox_inLyWruqCEDNe8PP6oPgCC95Gvy5dNXn0GIQ7dufrQZQWqIkDg/s320/negatividade.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Não é que
seja uma mulher aparelhada, de sofisticada tecnologia, mais rápida que o vento.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas sempre achei que não temos tempo a
perder. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Havia
situações em que repetidamente brincava com as notícias que davam conta da
constituição de mais uma comissão, grupo de trabalho, conselho consultivo …. Blá
blá blá.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Na verdade
sempre fui muito de mais vale uma má decisão do que uma não decisão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Agora que
vivo há três semanas entre casa e o serviço sem direito a outras vidas dou
comigo a experienciar uma condição, até agora, pouco provável em mim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">A condição da
espera. Esperar que tudo acabe em bem. Que a minha família, amigos, conhecidos
e a organização onde passo os dias consigam ultrapassar esta pandemia sem
sobressaltos maiores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Nesta já longa espera</span></b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"> sinto que aprendi a viver sem as
jantaradas de sexta-feira, sem mais uns sapatos, uma carteira ou um vestido
novo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">De hoje para
amanhã, creio até que serei capaz de encontrar uma solução para as raízes dos
meus caracóis. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Uma solução que em nada tem a ver com o registo habitual do se a
cabeleira A não pode, a B deve ter uma aberta. Posso sempre recorrer à C.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">E neste instante
ocorre-me a infância em Castelo Novo, entre a serra da Gardunha e a Aldeia e a
véspera de um casamento em Louriçal do Campo. Eu e a minha irmã Paula, meninas
de tenra idade, pais sem recursos e logística para irmos ao cabeleiro a
Alpedrinha. Vai daí o nosso pai improvisa e leva-nos ao barbeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Saímos de lá com
uma tijela na cabeça. Literalmente!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Tudo tem
solução, diziam os meus pais do alto da experiência de quem sempre viveu com
pouco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Com pouco e
sem pressa. A serra da Gardunha tinha, ainda tem, esse poder de ajudar-nos a
caminhar com vagar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKNbdpghzbKmrY0n0zEGaKYwK7rfXjpmOLyuIYDuLwWCzmsfk4VZzAOzlpHJsi9UZdGYu27euQzFbqlTCFAkDz3izQ4qnBtK-cr6dWonMDIeObc06HdtuLmUn840j-YXV0xvulWA/s1600/caminhando.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="957" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKNbdpghzbKmrY0n0zEGaKYwK7rfXjpmOLyuIYDuLwWCzmsfk4VZzAOzlpHJsi9UZdGYu27euQzFbqlTCFAkDz3izQ4qnBtK-cr6dWonMDIeObc06HdtuLmUn840j-YXV0xvulWA/s320/caminhando.jpg" width="319" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Vivamos então
esta pandemia com a ponderação e recomendações de quem sabe. Sejamos cautelosos
e capazes de esperar pelo fim deste tempo impeditivo de tantas situações que
afinal se afiguram não essenciais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Essencial é continuarmos aqui para
contar a história. <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Retemperando
energias com a memória dos dias bons. Reflexos da nossa existência
aparentemente comum mas com bases sólidas para hoje em dia sermos capazes de
esperar que a tempestade passe para relançarmos as sementes da amizade e do
amor entre pares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Todo <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">o amor verdadeiro se faz de uma longa
espera</b> <o:p></o:p></span></div>
<br />Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0Fundão, Portugal40.1380138 -7.50107839.749487300000006 -8.146525 40.5265403 -6.855631tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-83164787744410430742020-04-02T15:17:00.000+01:002020-04-02T15:17:02.558+01:00Instantes do meu Confinamento 4Imagem que fica do último nevão na minha aldeia berço <div>
Terra de encantos e memórias mil</div>
<div>
Lugar tranquilo e de sonhos</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxjWw_AGgGnGHZjpkKDeqAmSCpKMF3DnyGp_WnuhJhp5ubrZQhVQJGSSoQ3sfU09-F3QwD-PfynK9IkLV6PsxCVn16jQRi1IFnVyjJ1RYJvUHdaNYyvYbHO0LYlxMXsa-EOhhvgA/s1600/Neve+CNOVO+mar%25C3%25A7o+2020.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxjWw_AGgGnGHZjpkKDeqAmSCpKMF3DnyGp_WnuhJhp5ubrZQhVQJGSSoQ3sfU09-F3QwD-PfynK9IkLV6PsxCVn16jQRi1IFnVyjJ1RYJvUHdaNYyvYbHO0LYlxMXsa-EOhhvgA/s320/Neve+CNOVO+mar%25C3%25A7o+2020.jpg" width="320" /></a></div>
<div>
Este parece não ser o tempo dos sonhos</div>
<div>
São dias de interrogações</div>
<div>
O que não sendo necessariamente mau pode ajudar-nos a enxergar o que nunca havíamos observado</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Como escreveu Tolentino Mendonça no livro «O Pequeno Caminho das Grandes Perguntas», "talvez precisemos de descobrir que, no decurso do nosso caminho , os grandes ciclos de interrogação , a intensificação da procura, os tempos de impasse, as experiências da crise podem representar verdadeiras oportunidades". </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Oxalá que momento da nossa introspecção seja um momento de aprendizagem e foco no processo de gestação da nossa nova vida.</div>
Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-87415698871577726952020-03-31T12:35:00.000+01:002020-03-31T13:40:21.409+01:00Instantes do meu Confinamento 3O último dia de março acordou branco. A paisagem ganhou candura. Quase nos esquecemos da inominável ameaça à humanidade.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ53T0dOvHoTdYWmcK6Z5QDSurdREDFiZFmfLnMxvV4w4j-Dwy8a7a0ZYF6cuzLOIqwy7j2KrQsniYog3Kx3FW2u_HaQsJg6ttKj3pd9nWmtrCQRLm35pq97HAl1ASJaqiPB0QQQ/s1600/20200331_091034.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="758" data-original-width="1600" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ53T0dOvHoTdYWmcK6Z5QDSurdREDFiZFmfLnMxvV4w4j-Dwy8a7a0ZYF6cuzLOIqwy7j2KrQsniYog3Kx3FW2u_HaQsJg6ttKj3pd9nWmtrCQRLm35pq97HAl1ASJaqiPB0QQQ/s320/20200331_091034.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Quase. É mesmo só quase.<br />
Este manto branco num ano de raríssima neve, com consequências para quem vive do setor turístico na Estrela, significaria esperança para hoteleiros e visitantes. A Páscoa na neve é sempre algo desejável para todas as partes.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP1tO1juUKr1CHqx0LfyTYWi8uB62snYYi1vJrVsf_Ndkq7L2lwVtK-VW4GXnGinp5nAXrMTopIyktMVX1de5_6vAFDqTwUGHUmln7zZbmRqn-mXIjr59ShiU6BcGCZq-AX6_qiQ/s1600/20200331_091045.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="758" data-original-width="1600" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgP1tO1juUKr1CHqx0LfyTYWi8uB62snYYi1vJrVsf_Ndkq7L2lwVtK-VW4GXnGinp5nAXrMTopIyktMVX1de5_6vAFDqTwUGHUmln7zZbmRqn-mXIjr59ShiU6BcGCZq-AX6_qiQ/s320/20200331_091045.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Mas não! O Estado de Emergência Sanitária não combina com janelas de esperança para hoteleiros, restauração e desportos na neve / natureza.<br />
<br />
Estamos em casa. Observamos a dádiva da natureza.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj88m-8v4S2FlvdN0NQeDh9nUsnQFv52xmfE8MIjGZIrTjAKjnXOoC0rHwBt_ei5NTpk-Yes4Xn9VP19uHOAQkyd-yIJyO60MSWrcUjP1EV9mGOdkk5vsgzfa_faZ4W9DKnnY0xcw/s1600/20200331_092314.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="758" data-original-width="1600" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj88m-8v4S2FlvdN0NQeDh9nUsnQFv52xmfE8MIjGZIrTjAKjnXOoC0rHwBt_ei5NTpk-Yes4Xn9VP19uHOAQkyd-yIJyO60MSWrcUjP1EV9mGOdkk5vsgzfa_faZ4W9DKnnY0xcw/s320/20200331_092314.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Focamos-nos nas imagens captadas ao inicio da manhã, no caminho de casa para o emprego, sentimos que nos aconchegam a alma.<br />
<br />
Quase acreditamos que de agora em diante conseguiremos ver oportunidades em vez de nuvens, desenvolvimento e vez de declínio.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<br />Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0Fundão, Portugal40.1380138 -7.50107839.749487300000006 -8.146525 40.5265403 -6.855631tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-70981477621411142382020-03-30T17:47:00.000+01:002020-03-30T18:30:54.431+01:00Instantes do meu Confinamento 2Fechado. Encerrado. Temporariamente fora de serviço. Não consuma nada dentro do estabelecimento. Faça fila única. Respeite a distância sanitária.<br />
<br />
Eis um conjunto de informação útil na qual tropeço hã mais de duas semanas e que me entristece o olhar, como me esmorece observar todas as ruas e praças desertas, as lojas fechadas, os serviços semi-abertos.<br />
<br />
A juntar à realidade vêm-me as saudades dos lanches à sexta-feira, o calor humano e dedicação da Nanda, os jantares em grupo ou em família alargada.<br />
Até o trabalho passou a ser esquisito. Somos poucos no edifício onde uns quantos de nós passaram a trabalhar a partir de casa ao mesmo tempo que têm sido amas, educadores, professores e explicadores de última hora.<br />
<br />
Eu tive sorte - digo-o assim por ser pássaro fora da gaiola e odiar ficar muito tempo em casa. Já me bastam os fins de semana e as longas horas após a jornada continua no emprego! - vou saindo de casa para o trabalho e assim não observo o frenesim de e-mails e trabalhos que a classe docente, empenhada - diga-se - tem enviados aos alunos que parecem mais dedicados que nunca e sentem gratidão pelas dinâmicas improvisadas no meio escolar e universitário.<br />
<br />
Na rotina, casa trabalho, trabalho casa, sempre dá para observar a paisagem ou dar-me conta de como este vírus mudou a vida de todos nós. E as pessoas, onde estão as pessoas? O passo largo, o olhar distante ou penetrante. O sorriso que contagia ou disfarça a rotina. O bom dia e olá no passeio, na esplanada, no serviço.......<br />
<br />
Até o meu ofício de comunicadora me tem sido difícil. Gerir solicitações, perguntas e respostas através do telefone e do e-mail. Eu gosto da conversa presencial. De estar no terreno, sentir o pulsar das organizações, pessoas e líderes. À distância não é a mesma coisa. Perde-se o encanto, a sensação e capacidade de interpretar estados de alma, estimulando apuradas respostas e ações.<br />
<br />
É este o meu, o nosso e vosso novo mundo. Cheio de barreiras profiláticas.<br />
As mesmas que travam o convívio e tramam a economia.<br />
<br />
Numa tarde de final de março, dias depois da entrada da Primavera, dou comigo a pensar que é fim do mês e que haverá milhares de trabalhadores por conta de outrem cuja ansiedade e nervoso lhes toldam as noites que deveriam ser de sono mas passaram a ser em branco.<br />
Quantos haverá com receio de não receberem, já neste final de março, o salário por inteiro.<br />
<br />
Pior, quantos estarão a ter pesadelos com a possibilidade de serem temporariamente dispensados ao abrigo de um lay off (ver aqui o que implica <a href="https://www.jornaldenegocios.pt/economia/coronavirus/detalhe/novo-lay-off-guia-para-trabalhadores-e-empresas">https://www.jornaldenegocios.pt/economia/coronavirus/detalhe/novo-lay-off-guia-para-trabalhadores-e-empresas</a>) ?<br />
<br />
E os patrões? Os pequenos empresários, donos de micro empresas, subsistência de famílias inteiras.<br />
Não querendo ser profeta da desgraça nem contrariar as correntes de energia positiva que todos os dias no caem na time line não consigo que o meu sentido emotivo se sobreponha ao lado mais racional.<br />
<br />
Chamem-me o quiserem, acusem-me de ser pessimista... Mas não consigo ficar indiferente à realidade do tecido empresarial do território, observar hotéis a suspender a atividade quando tinham iniciado investimentos de milhões para acompanhar a modernização e impacto do turismo na economia.<br />
<br />
E neste entretanto há uma imagem que não me sai da cabeça: Hoje à tarde o diretor geral de uma das maiores unidades empregadoras do meu concelho publicava uma fotografia com os corredores da empresa vazios.<br />
<br />
A unidade empregadora em questão põe pão na mesa a 300 pessoas. Está temporariamente fechada desde meados de março.<br />
<br />
É este o meu sentir no confinamento dos dias.<br />
<br />
Para que não digam que só vejo nuvens, deixo-vos com a paisagem.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpsqKgI0mnGXdh3w_iSmZROsjlSzJcwby0CGlJgEPkAYMNzpu1KbtG0zOzHoeut8v37ZzvkVHAKLC4oFsiI9CckfK9_QuW1hVow_vXk-u4GCt3FDTxAU5_0GXSgZfOs_bSpL-7rw/s1600/20200322_124005%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="759" data-original-width="1600" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpsqKgI0mnGXdh3w_iSmZROsjlSzJcwby0CGlJgEPkAYMNzpu1KbtG0zOzHoeut8v37ZzvkVHAKLC4oFsiI9CckfK9_QuW1hVow_vXk-u4GCt3FDTxAU5_0GXSgZfOs_bSpL-7rw/s320/20200322_124005%255B1%255D.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Cuidem-se! Dos momentos de fraqueza não reza a história.<br />
<br />
Vamos. Vamos todos.<br />
<br />
Fiquemos juntos nesta luta contra o mal.<br />
<br />
<br />
<br />Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-20258141098338980062020-03-24T12:34:00.004+00:002020-03-30T16:57:32.785+01:00Instantes do meu Confinamento<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Na Tentativa de gastar os tempos livres que resultam da suspensão da vida depois do horário laboral vou-me ocupando da leitura de livros e autores outrora companhia regular na mesa da cabeceira cá de casa.</span></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="direction: ltr; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Às vezes recorro à biblioteca para rever títulos e clássicos. Hoje de manhã deparei-me com o "ensaio sobre a cegueira" do Nobel da Literatura José Saramago. Apeteceu-me começar a devorar uma segunda ou terceira leitura de uma obra escrita em 1995 que nos relata a história de uma cegueira que começou</span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"> num homem só e posteriormente fez-se</span><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"> epidemia. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana, sans-serif;">As semelhanças com muito daquilo que desde há três semanas estamos a observar e vivenciar, à distância ou bastante perto de nós, fazem-me crer num tubo de ensaio literário para aprendermos a lidar com a pandemia Covid-19 como foi designada pela Organização Mundial de Saúde. </span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">E diz o livro "N</span><span style="background-color: white; color: #222222;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">esta quarentena esses sentimentos irão desenvolver-se sob</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #222222; font-family: verdana, sans-serif;">diversas formas: lutas entre grupos pela pouca comida disponibilizada, compaixão pelos doentes e os mais necessitados, como idosos ou crianças, embaraço por atitudes que antes nunca seriam cometidas, atos de violência e abuso sexual, mortes (...)"</span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Saramago mostra, através desta obra intensiva e sofrida, as reações do ser humano às necessidades, à incapacidade, à impotência, ao desprezo e ao abandono.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Leva-nos também a refletir sobre a moral, costumes, ética e preconceito através dos olhos da personagem principal, a mulher do médico, que se depara ao longo da narrativa com situações inadmissíveis; mata para se preservar e aos demais, depara-se com a morte de maneiras bizarras, como cadáveres espalhados pelas ruas e incêndios; após a saída do hospício, ao entrar numa igreja, presencia um cenário em que todos os santos se encontram vendados: “se os céus não vêem, que ninguém veja". </span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Aos interessados em ler um pouco mais da obra recomenda-se este link </span><a href="https://rparquitectos.weebly.com/uploads/2/6/6/9/266950/jose_saramago_-_ensaio_sobre_a_cegueira.pdf" style="background-color: transparent;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">https://rparquitectos.weebly.com/uploads/2/6/6/9/266950/jose_saramago_-_ensaio_sobre_a_cegueira.pdf</span></a></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Se preferirem leituras mais leves e menos introspetivas sugiro uma viagem pela obra da poetisa feminista Rupi Kaur que há uns anos editou "<i>milk and honey</i>", em Portugal "leite e mel", e de onde retirei este poema que parece o meu auto retrato.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px 0px 0px 30px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">“dizes para me acalmar</span></span></div>
</div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px 0px 0px 30px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">porque as minhas opiniões me tornam menos bonita</span></span></div>
</div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px 0px 0px 30px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">mas não fui feita com um fogo no peito</span></span></div>
</div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px 0px 0px 30px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">para que conseguissem apagar-me</span></span></div>
</div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px 0px 0px 30px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">não fui feita com ligeireza na língua</span></span></div>
</div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px 0px 0px 30px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">para que fosse fácil engolir-me</span></span></div>
</div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px 0px 0px 30px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">fui feita pesada</span></span></div>
</div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px 0px 0px 30px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">meio espada meio seda</span></span></div>
</div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px 0px 0px 30px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">difícil de esquecer e nada fácil</span></span></div>
</div>
<div style="border: 0px; box-sizing: border-box; margin-bottom: 1.75em; outline: 0px; padding: 0px 0px 0px 30px; vertical-align: baseline;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">de a mente entender”</span></span></div>
<div style="color: #7f8c8d; text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b style="background-color: white;"><br /></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; color: #7f8c8d; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaBES8j2LkM-wi-QbGqzaTBm0FeOSQgdAhxStl7vxZFWx6cYIFrgE6OzrimJleWUNmOfejA-4BnPSrte7m9_tSMhK397lfQMQGBj2on_T8q-e95RB2_1uf8-g0dCaSPMjLpl0YDA/s1600/cerejeiras+em+flor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="625" data-original-width="833" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiaBES8j2LkM-wi-QbGqzaTBm0FeOSQgdAhxStl7vxZFWx6cYIFrgE6OzrimJleWUNmOfejA-4BnPSrte7m9_tSMhK397lfQMQGBj2on_T8q-e95RB2_1uf8-g0dCaSPMjLpl0YDA/s320/cerejeiras+em+flor.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><span style="background-color: white;">A par da poesia a paisagem primaveril observada a partir de casa têm-me inspirado para os dias que se seguem. E bem preciso de paz e confiança. Logo hoje que foi oficialmente conhecido o primeiro caso de covid 19 positivo no concelho do Fundão.</span></span></div>
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 0.5em; margin-top: 0.5em;">
<br /></div>
Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0Fundão, Portugal40.1380138 -7.50107839.749487300000006 -8.146525 40.5265403 -6.855631tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-10925218051706647942019-11-29T14:57:00.005+00:002019-11-29T14:57:45.397+00:00Avenida esse encontro feliz<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt;">«A Avenida – uma chama viva onde quer que viva». </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt;">O título
da nova peça da ESTE – Estação Teatral é por si só bastante apelativo. Vai daí
a gente dá-se ao trabalho de sair de casa num quinta-feira à noite e fica logo
contente com a adesão do Fundão à 38ª produção da Companhia de Teatro que há 15
anos resiste e subsiste ao quotidiano da vida artística e às dificuldades que à
mesma, quase sempre, estão associadas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Mas este meu momento de partilha não é para lamentar que
a ESTE continue sem uma casa própria para desenvolver os projetos criativos,
prolongando e valorizando as vivências da nossa geografia cultural,
etnográfica, histórica e poética.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Servem estas linhas para dizer-lhes que é mesmo
importante saírem de casa e assistirem ao novo espetáculo da ESTE. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpQlkNNv9VMtc03_8YhO9vlThogPfVifz2Uz_cGmH3R-NDMbFKTei1gSX-GQWuK_gf37hcKkuJYX58w1VOb3kDfKEHytnz9aSaWiGFjERwK0FAoSbnnQI1IEtj4rAnVjd0JxbkNQ/s1600/ESTE.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="639" data-original-width="960" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpQlkNNv9VMtc03_8YhO9vlThogPfVifz2Uz_cGmH3R-NDMbFKTei1gSX-GQWuK_gf37hcKkuJYX58w1VOb3kDfKEHytnz9aSaWiGFjERwK0FAoSbnnQI1IEtj4rAnVjd0JxbkNQ/s320/ESTE.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">«A Avenida» é um reencontro com a nossa memória coletiva.
Os lugares, as lojas, as pessoas do centro nevrálgico do nosso Fundão, numa
narrativa cheia de vida e humor que não deixará nenhum espetador indiferente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">«A Avenida» está em cena na Moagem no Fundão até dia 15
de dezembro, é apenas o primeiro de três criações assinadas pelo dramaturgo Nuno
Pino Custódio que haverá de transportar-nos até outras realidades. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Neste episódio atores e espetadores viajam no tempo e
recuam aos anos 40 e 50 do seculo XX. No próximo ano a companhia
presentear-nos-á com as vivências do Fundão no tempo de Salazar e de
Kubitschek. Por fim haveremos de assistir ao fôlego final que é a Liberdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A liberdade, criativa, é aliás a tónica dominante no
espetáculo concretizado a partir da recolha junto da comunidade local de
depoimentos de comerciantes, alfaiates, floristas, relojoeiros e outros
conhecedores do Fundão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Algumas dessas pessoas estiveram, como eu, na estreia de «A
Avenida». Não imagina o leitor o grau de satisfação e alegria dessas pessoas
que além de se reverem nos traços verbalizados sobre o Fundão de antigamente sentiram
satisfação por, de certa forma, aqueles lugares tão nossos ganharem nova vida
numa peça de teatro que além de preservar a história e estórias do Fundão
também projeta o território enquanto lugar de vivências imortais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3WJs369pcSMaGDvkyRY1bllk582RQG_fOFXeJHVheBXf6jcGPWCPnLGUvhy1Yvw2rEyxxqU9LJakta1Toifwl5-XO92XdJXagvc5SeEOd_02081u5ewvBiqAgu0caZP-fzdz3kw/s1600/ESTE+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="619" data-original-width="960" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3WJs369pcSMaGDvkyRY1bllk582RQG_fOFXeJHVheBXf6jcGPWCPnLGUvhy1Yvw2rEyxxqU9LJakta1Toifwl5-XO92XdJXagvc5SeEOd_02081u5ewvBiqAgu0caZP-fzdz3kw/s320/ESTE+2.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">«A Avenida» imortaliza, pois, esse traço do Fundão
comercial cujas ruas ficavam cheias de gente muito para além dos dias de
mercado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Vão lá ver esse trabalho extraordinário de cocriação da
ESTE e dos fundanenses que guardavam as melhores vivências do Fundão e agora se
orgulham de ver os antepassados num formidável registo teatral cujos próximos
capítulos / criações queremos acompanhar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Parabéns à ESTE por nos surpreender em cada produção. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Parabéns pela interpretação, cenários, guarda-roupa…..<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidp4Y_af184tJr_MQ7Hj_BmonFnEVq0FnTBK6PW8aUtB6Vmoeko4uiQJwWrXyvLNIvR2NCb_9YK5r127wZfcBa3vFEEZe5y2RESjaRWfr5d4l7Twqd1K00K_xtlUWd7cx3YgEXgQ/s1600/IMG_20191129_082643.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidp4Y_af184tJr_MQ7Hj_BmonFnEVq0FnTBK6PW8aUtB6Vmoeko4uiQJwWrXyvLNIvR2NCb_9YK5r127wZfcBa3vFEEZe5y2RESjaRWfr5d4l7Twqd1K00K_xtlUWd7cx3YgEXgQ/s320/IMG_20191129_082643.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Parabéns, vocês são uma bandeira cultural da nossa terra.
<o:p></o:p></span></div>
<br />Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com16230 Fundão, Portugal40.137963 -7.5010773000000240.0408745 -7.66243880000002 40.2350515 -7.33971580000002tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-8794762804565822802019-09-05T11:30:00.000+01:002019-09-10T15:21:26.203+01:00Os teus vinte anos <span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">Vinte anos. Onde é que eu estava quando completei vinte anos? Já andava pela Rádio. E esta é a única memória viva que guardo. Pensei nisto nos últimos dias e partilho-o agora neste breve registo que assinala o teu 20º aniversário. </span><br />
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span>
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">Agora que deixas de ser <i>teen</i> e passas à classe dos <i>enty</i> e depois dos <i>irty </i>começarás a perceber que a vida passa num instante. E passa mesmo! </span><br />
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span>
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">Nestas duas décadas de ti recordo sempre o meu primeiro bebé, as inseguranças e incertezas que lhe estiveram associadas. As noites tranquilas, a descoberta e apego ao futebol com forte simpatia pelo Benfica. O rapaz próximo dos avós paternos e a cumplicidade com o avô Matos. O miúdo às vezes traquina que faz acontecer pela calada: Lembras-te da noite de Halloween em que resolveram colocar lixívia no borrifador de água? </span><br />
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPj07N7BrdVnc3P7LbmZB5u9MmIygS3CivIB58vIo0iV_hwa9npmexncLnDONM2WamL2KfvHNT7UQyTsculFJV3yWZ47y9GMcbjWvl97PKGv7SI_Ho8dBLymyBZXDYnN8PbSORXA/s1600/IMG-20190905-WA0000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="768" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPj07N7BrdVnc3P7LbmZB5u9MmIygS3CivIB58vIo0iV_hwa9npmexncLnDONM2WamL2KfvHNT7UQyTsculFJV3yWZ47y9GMcbjWvl97PKGv7SI_Ho8dBLymyBZXDYnN8PbSORXA/s320/IMG-20190905-WA0000.jpg" width="256" /></a></div>
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span>
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span>
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">Mas o teu percurso também se caracteriza pelo João Carlos justo e amigo do seu amigo. Os amigos são um forte pilar na vida do meu estudante de engenharia mecânica. Não se largam. Rasgam fronteiras para estar juntos. Cooperam. Partilham. Surpreendem-se. E isso é extraordinário, pois a tua geração ainda não é totalmente viciada na virtualidade das coisas boas ou ruins. Felizmente !</span><br />
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span>
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">É pois interessante acompanhar cada passo teu e dar-me conta de que não perdeste nenhuma das tuas virtudes. És um amigo incondicional da família. És o meu menino mais crescido. E hoje não poderia deixar passar esta data sem dizer-te que todos os dias tenho orgulho em ser tua mãe. </span><br />
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span>
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">Estou certa de que este meu sentir é partilhado pelo pai Carlos e pelos manos Leonor e Francisco. Sê sempre feliz Joãozinho. João. João Carlos. Jê Cê. Joca. Sê sempre tu. </span><br />
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;">Feliz Aniversário !</span><br />
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span>
<span style="color: blue; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 11pt;"><br /></span>
<br />
<div class="mail-message expanded" id="m-8862050291142871099" style="font-family: sans-serif; font-size: 12.8px;">
<div class="mail-message-footer spacer collapsible" style="height: 0px;">
</div>
</div>
<div class="spacer" id="conversation-footer" style="font-family: sans-serif; font-size: 12.8px; height: 151px;">
</div>
Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-70256457720454113832019-09-04T12:37:00.000+01:002019-09-05T12:08:56.762+01:00À Catarina e às pessoas que me fazem bem<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Catarina faz anos. Nunca me
tinha dado conta que uma das minhas amigas do coração nasceu um dia antes do
meu filho João. Ou talvez já me tenha ocorrido mas o pensamento terá
sido tão breve que não me fixei na curiosidade do calendário. Hoje fiquei a
pensar em como duas pessoas que me são tão próximas nasceram em anos diferentes
mas apenas com um dia de intervalo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A Ana Catarina não é uma amiga de
infância e nem temos muitas vivências em comum. Direi que temos mais amig@s em
comum que experiências em conjunto. Mas as que temos são fartas. Generosas!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrjdLkkFaFoTnpYKpL7MIIx1o-L8crpTDwepragZaA3YANGLv4tYDBMe3ABrlnKSYaD6uQqzBHKw0LUUwN4qPNNXJnR64yCvkM6NPgwsyB1nWj_cLq4nXrHaKKKtvqfmAJ-ayQhQ/s1600/151003_10150142540714008_1217327_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="551" data-original-width="592" height="297" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrjdLkkFaFoTnpYKpL7MIIx1o-L8crpTDwepragZaA3YANGLv4tYDBMe3ABrlnKSYaD6uQqzBHKw0LUUwN4qPNNXJnR64yCvkM6NPgwsyB1nWj_cLq4nXrHaKKKtvqfmAJ-ayQhQ/s320/151003_10150142540714008_1217327_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No outro dia jantámos e fiquei
com a sensação de que ainda tínhamos tanto para conversar! Sabem aquelas
pessoas de que gostamos profundamente mas vemos poucas vezes ? Quando se
juntam, conversam sem rede, riem muito, fazem planos. E no fim do encontro têm
vontade de puxar as orelhas ao relógio. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não tenho presente o ano, muito
menos o dia, em que nos conhecemos. Sei que a amizade com uma amiga comum nos juntou.
E também sei, sinto, que conheço a Catarina desde sempre.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
São tantos os pontos comuns! Os
sonhos, a visão poética do mundo, as boas energias. Fundamentalmente, a
generosidade em observar sem julgar. A entrega sem estarmos à espera de nada em
troca.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há muitos anos, num aniversário
meu, numa noite gelada de janeiro estivémos juntas num bar do Fundão para
celebrar a vida. A ideia partiu da Marta que nos juntou à mesa das conversas e
fez desse serão um momento imensamente poderoso. Nesse dia, a Catarina
brindou-me com um adereço de moda que ainda hoje me acompanha. Guardo-o com
imenso carinho e sentido de gratidão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
De todas as vezes que o coloco
lembro-me sempre dessa noite. Lembro sempre os olhos azuis e o sorriso
contagiante da Ana Catarina. O colar com uma gaiola e um passarinho é um
símbolo de liberdade. É uma ode à criatividade e às energias boas. Àquel@s que
nos ajudam a voar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Desses tempos longínquos guardo
ainda o desafio de participar num livro solidário de poesia. Escrever um poema
para uma obra cujas receitas reverteriam a favor da Entrelaços entusiasmou-me.
Não tanto pela possibilidade de as minhas palavras passarem a estar reunidas
num livro onde outros poetas de verdade iriam partilhar os seus dotes
literários. Mas por ser um desafio da Ana Catarina Pereira. Inicialmente receie
não estar à altura da exigência. Depois a ideia ganhou asas e saiu um poema de
amor. Daqueles que nos desnudam e permitem interpretações várias.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não tenho aqui o poema para o
transcrever. Talvez seja mais seguro mantê-lo no baú das coisas escritas. As
pessoas mais curiosas poderão encontra-lo nesse livro solidário que ainda está
à venda, por exemplo, na Junta de Freguesia do Fundão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os livros sempre foram um ponto
forte na minha relação com a minha amiga aniversariante. Há dias enquanto lia o
contributo dela no livro “o que pode a arte?” editado pela Bordô –Grená <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>foi<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>delicioso deixar-me envolver pelo poder da poesia<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>na discussão de outra causa nossa: A
Igualdade de Género. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O texto “pela poesia é que vamos –
pela arte, resistimos” permitiu-me descobrir “leite e mel” de Rupi Kaur. Uma
extraordinária obra poética que nos fala de amores e desamores, abusos e
perdas. Ofensas encobertas à mulher. Foi ainda nesse artigo da minha amiga
apaixonada pelo cinema no feminino que também encontrei motivação para, de uma
vez por todas, ler com atenção a obra de Simone de Beauvoir. A escritora cuja
obra desconstrói mitos e estereótipos sobre género e sexo escreveu no livro “segundo
sexo” que “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Que dizer mais sobre uma amiga
inspiradora sempre disponível para enriquecer o meu percurso na comunicação? Neste
capítulo, recordo as entrevistas que me deu. A mais recente aconteceu em 2017
no meu “Porque Hoje é Domingo” na Rádio Cova da Beira e está aqui. <a href="https://www.mixcloud.com/dulcegabriel58/porque-hoje-%C3%A9-domingo-12-fevereiro-2017-rcb-ana-catarina-pereira/">https://www.mixcloud.com/dulcegabriel58/porque-hoje-%C3%A9-domingo-12-fevereiro-2017-rcb-ana-catarina-pereira/</a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Deleitem-se!</div>
<br />Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com06230 Fundão, Portugal40.137963 -7.5010773000000240.0408745 -7.66243880000002 40.2350515 -7.33971580000002tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-64686438265923161952019-08-28T12:11:00.001+01:002019-09-03T15:48:48.005+01:00Instantes da "senhora Vileda"Terminara a limpeza das paredes e soalho da casa. Estreara uma esfregona todo o terreno daquelas que não sendo de quatro rodas quase minimizam a força de braço, aliviando as costas. A nova "traquitana" que custara couro e cabelo passaria a ser a coqueluche das conversas à volta dos afazeres domésticos.<br />
<br />
Já estou a imaginar algumas vozes portadoras da sapiência humana desvalorizando a entrega e dedicação de quem ousara dedicar uma jornada das férias de Verão a promover o estágio com a senhora Vileda. "Isso não custa nada", claro que não! Se não custa nada está na hora de dedicar-se à limpeza geral de casas no tempo do veraneio.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Estando o empreendedorismo tão em voga, e numa altura em que o Portugal 2020 ainda tem alguma margem financeira, que tal aproveitar essa força de braços e sabedoria de língua e iniciar atividade?!<br />
Isso é que era!<br />
Não tem nada de inovador. Quer dizer, a Vileda está sempre a inovar !<br />
<br />
Agora que descobrira a Amazon das limpezas quase poderia dedicar-se à vida doméstica. Nos intervalos mergulharia nas águas frescas de Alpreade ou numa qualquer concorrida piscina e já seria uma pessoa feliz. Seria mesmo?<br />
Uma pessoa feliz fará outras igualmente felizes. Mas a que preço?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHfvdNCDEu5_Q2z3K4LTeYk0EfY5CDx1eo8KCA99EBhCHlGzkd3DmwnKLg1QCu1h_ZoC9ABXYWPNh_R61vB-PWsp_jmcntI7FmmQUwgtpGxQkowTWXQLIFZMZAhMC3GFJmyNhqCg/s1600/IMG_20190828_120354.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="988" data-original-width="1080" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHfvdNCDEu5_Q2z3K4LTeYk0EfY5CDx1eo8KCA99EBhCHlGzkd3DmwnKLg1QCu1h_ZoC9ABXYWPNh_R61vB-PWsp_jmcntI7FmmQUwgtpGxQkowTWXQLIFZMZAhMC3GFJmyNhqCg/s320/IMG_20190828_120354.png" width="320" /></a></div>
<br />
Quando começa e onde acaba a felicidade humana?<br />
Na experiência de zelar pela casa e pela família?<br />
No desafio de recorrer aos empreendedores capazes de auxiliar a pessoa humana que abraça desafios e dá tempo ao tempo para pensar o tempo?<br />
<br />
Há muitos anos conhecera um ancião que via na esposa a mãe de família e bengala de todo o calendário. "Mulher minha não precisa de trabalhar" dissera o chefe de família que anos mais tarde também não encarara bem a decisão de outras mulheres da família se lançarem em busca de oportunidades de emprego.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir20p8qUNHDCwYFQkAe546wCYelYdYb_Lvuj3QpH7gk9iaS57Tbebz02WJMk55tE-ZpvmZup-fs6VSTsI9qJHvpxNO0tT5Y4BLtJ1jXXLH2S98IunMX55yFIDLteTxTR-SCPj7yw/s1600/IMG_20190828_120411.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="909" data-original-width="1080" height="269" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir20p8qUNHDCwYFQkAe546wCYelYdYb_Lvuj3QpH7gk9iaS57Tbebz02WJMk55tE-ZpvmZup-fs6VSTsI9qJHvpxNO0tT5Y4BLtJ1jXXLH2S98IunMX55yFIDLteTxTR-SCPj7yw/s320/IMG_20190828_120411.png" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Como muito bem descreve Simone de Beauvoir na sua vasta obra dedicada à emancipação da mulher, é importante subverter a educação dos costumes.<br />
E os costumes continuam a encarar a mulher como o segundo sexo.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqFYt1134Nv9dO0U6xyLCi6kJ5DKQYtV0MKXgOdtHjOjoXwV3e8o2iBpo-q0KDFCi6qk3CdwgVXTPV1gcPCN4YJwy4W_EgI8wT6ocHXyl3JWwr3zdv9dpQNTP2oD4XiB_20o28zA/s1600/IMG_20190828_120309.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1106" data-original-width="693" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqFYt1134Nv9dO0U6xyLCi6kJ5DKQYtV0MKXgOdtHjOjoXwV3e8o2iBpo-q0KDFCi6qk3CdwgVXTPV1gcPCN4YJwy4W_EgI8wT6ocHXyl3JWwr3zdv9dpQNTP2oD4XiB_20o28zA/s320/IMG_20190828_120309.png" width="200" /></a></div>
<br />
É preciso inverter esse pensamento, destruindo o mito da feminilidade, afirmando a sua independência e criando mecanismos de autoproteçao e defesa da sua condição humana.Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-17373089.post-50297515189492422262019-08-05T15:13:00.001+01:002019-08-05T15:16:18.751+01:00Memória do “exílio” na Barroca Grande <div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt;">Maria Ascensão Albuquerque Amaral
de Figueiredo Simões. Nasceu, em Nelas, há 90 anos. Consideram-na uma mulher à
frente do seu tempo e o Município da Covilhã homenageou-a pelo seu percurso
dedicado à educação e intervenção cívica. Uma trajetória de mais 40 anos dedicados
ao ensino que a levou a dar aulas em cidades como Caldas da Rainha, Torres
Vedras e Covilhã. Na Cidade Neve esteve 33 anos na Escola Industrial Campos
Melo, integrou a comissão de gestão e foi presidente do Conselho Diretivo. Uma
vez aposentada fundou a Academia Sénior da Covilhã onde desempenhou funções de
reitora. Foi ainda sócia fundadora e presidente da assembleia-geral da APAE
Campos Melo. Deixou-se seduzir pelo exercício da política quando realizou entre
2005 e 2009 o mandato de eleita na Assembleia Municipal da Covilhã. É viúva de Duarte
de Almeida Cordeiro Simões cofundador e diretor do Instituto Politécnico da
Covilhã.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0KEusSFm02SHDiSQCm06hLPhUScA308zWfI_wYjWXbXYbIAgbGeR3drxMqy1KNppLQhLcD7yLG2dSiyQiZrQOefNdxlbrD-0sxeX-HEk8B8Wy8ZFRb2hDbpjPEDx-Pa2JY1HOpg/s1600/Ascen%25C3%25A7%25C3%25A3o+Sim%25C3%25B5es.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0KEusSFm02SHDiSQCm06hLPhUScA308zWfI_wYjWXbXYbIAgbGeR3drxMqy1KNppLQhLcD7yLG2dSiyQiZrQOefNdxlbrD-0sxeX-HEk8B8Wy8ZFRb2hDbpjPEDx-Pa2JY1HOpg/s320/Ascen%25C3%25A7%25C3%25A3o+Sim%25C3%25B5es.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Fomos ao encontro da mulher
de olhar penetrante e de brilho azul que nos falou do “exilio forçado” de cinco
anos nas Minas da Panasqueira, onde fixou residência temporária quando Duarte
Simões desempenhou funções de gestão na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Beraltin
And Wolfram</i>. O tempo em que esteve acantonada, num lugar onde não chegavam
os jornais, não deixa saudades à visionária, para quem a afirmação da mulher
continua a ser uma necessidade. Recordando as “tentativas subtis enraizadas na
sociedade que desencorajam a mulher a ser combativa e líder”, Ascensão Simões
lamenta que, presentemente, as empresas, de “forma sub-reptícia”, continuem a confiar
cargos de liderança aos homens “privando as mulheres da maternidade ou
afastando-as do exercício de cargos mas relevantes”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOYs9sKHSUb3icaYcAodoeHgptUEN5DY2pqHxxPhJaw2D0Nu1381rsDTCa13a-u-_z7-PVzVS5D_UmlPZjE9rvWhv62mArM_HIz2_l8lMmbnm-ddTVnbsDmDxxm4ufkRsF_U8wVw/s1600/Ascens%25C3%25A3o+Sim%25C3%25B5es+nas+Minas+Panasqueira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1086" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOYs9sKHSUb3icaYcAodoeHgptUEN5DY2pqHxxPhJaw2D0Nu1381rsDTCa13a-u-_z7-PVzVS5D_UmlPZjE9rvWhv62mArM_HIz2_l8lMmbnm-ddTVnbsDmDxxm4ufkRsF_U8wVw/s320/Ascens%25C3%25A3o+Sim%25C3%25B5es+nas+Minas+Panasqueira.jpg" width="217" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Ascensão Simões licenciou-se
quando ainda era preciso apresentar uma tese. Naqueles anos debruçou-se sobre o
Portugal Restaurado do Conde da Ericeira. “Um trabalho histórico e filosófico sobre
a introdução de novas tecnologias e a restauração da independência”. A
professora aposentada considera-se uma boa educadora e a conversa encaminha-se
para a aprendizagem que “deve ser constante” pois “um professor demora muito
tempo a fazer-se”. “O trabalho burocrático e a preocupação com papéis roubam-lhe
energias”. Diz a nonagenária preocupada com “o ritmo frenético da vida moderna,
permanentemente dependente do computador e do trabalho fora de horas, sem tempo
para os filhos”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Tempos de exigências bem
diferentes da realidade vivida pela professora que iniciou a sua atividade com
horário completo. No tempo da revolução os colegas escolheram-na para liderar
os destinos da Escola Campos Melo pois era um “período bastante agitado”. “Muitas
vezes saí de lá à meia-noite por coisas tão simples como ceder papel para a
propaganda eleitoral dos estudantes. A vida era muito conturbada e exigia-se
muito diálogo. Era um tempo em que os professores chagavam sem habilitação mas
a explosão escolar a isso obrigava”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Condicionalismos superados
com diplomacia e muito diálogo. “Era preciso mostrar que as competências das
mulheres não ficavam atrás das do sexo oposto”, vinca a primeira diretora de
uma escola na Covilhã. “Tenho a certeza que a seguir à doutora Judite Chitas, no
ciclo preparatório, fui a mulher mais antiga a dirigir uma escola com 105
professores e 1600 alunos”, disse. Recuando no tempo, e à condição de
encarregada de educação, franje o sobrolho e num tom reprobatório lembra como foi
possível, na escola, alguém questionar da razão de ser encarregada de educação
das filhas. “Até para isso <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pensavam no
homem”!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjacPWHM7FU5w67aDIHPappKOcvBKxsz_pRAJZ0C9aIl70fBFkXotCmosfOzvOccPGy-0vZXZS66K7-gWYDpUsaQNjfhQezwEuVwOZd852wM2KNgSszDKensfftE4H_cmgtR_VULg/s1600/Ascens%25C3%25A3o+Sim%25C3%25B5es+na+Campos+Melo.tif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="993" data-original-width="1600" height="198" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjacPWHM7FU5w67aDIHPappKOcvBKxsz_pRAJZ0C9aIl70fBFkXotCmosfOzvOccPGy-0vZXZS66K7-gWYDpUsaQNjfhQezwEuVwOZd852wM2KNgSszDKensfftE4H_cmgtR_VULg/s320/Ascens%25C3%25A3o+Sim%25C3%25B5es+na+Campos+Melo.tif" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Detentora de um percurso
recheado de inovação e desafios em prol do bem comum, Ascensão Simões recupera a
memória do centenário da Escola Campos Melo e o ano de 1984 quando a sua
condição de mulher inconformada a impeliu a aceitar o desafio de criar a APAE –
associação de pais e antigos alunos da escola Campos Melo. “Fiz um plano para as
comemorações, distribui trabalho. A escola não tinha associação de pais e isso
era imperioso até para os antigos alunos. A associação de pais estava meio
adormecida, fui ajudando no que pude”. Já quanto à constituição da associação
de antigos alunos, o processo foi mais rápido, uma vez que muitas pessoas bem
colocadas, como arquitetos e engenheiros, passaram pela Campos Melo, uma escola
de referência na Covilhã. A dedicação e arrojo que lhe marcaram a trajetória na
Campos Melo também caracterizaram os anos dedicados à Academia Sénior da Covilhã,
fundada em 2000, na qual chegou ser reitora. Criou-a para “manter-me ocupada e
aprender informática”. Recordando o início do projeto na Escola Quinta das
Palmeiras e posteriormente em casa de uma particular, Ascensão Simões não
esquece o contributo do Município da Covilhã, na pessoa do então presidente
Carlos Pinto, na solução para a sede da Academia, nem a Universidade da Beira Interior
cujos professores passaram a dar aulas na Academia Sénior da Covilhã atualmente
frequentada por 70 pessoas, com mais incidência nos 60 a 70 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="background: white; color: #333333; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 17.12px;">BIOGRAFIA<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"></span></div>
<div style="background: rgb(253, 253, 253); margin: 0cm 0cm 13.5pt; text-align: justify;">
<i><span style="color: #292728; font-family: "arial" , sans-serif;">Maria Ascensão Simões nasceu, em Nelas, a 20 de junho de 1929. Frequentou o ensino primário no Colégio da Nossa Senhora da Conceição (Viseu), o ensino secundário no Liceu Infanta D. Maria (Coimbra) e a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Ciências Históricas e Filosóficas. Dedicada ao ensino desde 1954 até a sua aposentação em 1996, lecionou em diversas cidades do país. Professora durante 33 anos na Escola Industrial Campos Melo, integrou a comissão de gestão em 1974/1975 vindo a ser presidente do conselho diretivo desde 1981 até 1988. Foi sócia fundadora da Academia Sénior da Covilhã e reitora de 2003 a 2018. Foi ainda sócia fundadora e presidente da assembleia geral da APAE Campos Melo e deputada na assembleia municipal da Covilhã entre 2005 e 2009.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">ORIGINALMENTE publicado na edição de 11 de julho 2019 do caderno JF Comunidade do Jornal do Fundão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFxjKxl-RWZ3Xu1lhQnnk0vVI_W4WEDK0C03uxA2YifdW1Sht6KH-OYZGlOmvteOckxnOwF57tSFg8WYNdARWGrU3Wx8zdOfohLayKWCroZ8dXEVQmXJpPMJE_OddbPPPRgRxJLA/s1600/JF+COMUNIDADE+-+o+Perfil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1327" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFxjKxl-RWZ3Xu1lhQnnk0vVI_W4WEDK0C03uxA2YifdW1Sht6KH-OYZGlOmvteOckxnOwF57tSFg8WYNdARWGrU3Wx8zdOfohLayKWCroZ8dXEVQmXJpPMJE_OddbPPPRgRxJLA/s320/JF+COMUNIDADE+-+o+Perfil.jpg" width="265" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<br />Dulce Gabrielhttp://www.blogger.com/profile/06169569283901928511noreply@blogger.com06200 Covilhã, Portugal40.2804158 -7.492240700000024840.1835138 -7.6536022000000248 40.3773178 -7.3308792000000249