Inspirada em José Mourinho
e portadora de uma enorme vontade de ganhar. Dirigente associativa, desportista
e professora descrente quanto ao futuro da educação em Portugal. Eis Catarina
Rondão. Nelita para os amigos!
Gosta de café e até lhe parece que a cafeína pode ser um bom aditivo para a prática desportiva, mas preferiu uma água fresca. “Ativa-nos antes da competição, de preferência se for tomado meia hora antes da prova”, explicou a presidente do Grupo Desportivo de Valverde (GDV).
É presidente desde 25 de Agosto. “Fui quase empurrada porque dava aulas de ginástica e manutenção às pessoas de Valverde e dei-me conta de que havia ali infra-estruturas que poderiam ser rentabilizadas. A direção cessante lançou-me o repto para eu avançar. Primeiro achei a ideia descabida, pois nunca me vi dirigente de topo, mas depois…! Valverde é a única aldeia com condições para ter de tudo um pouco. Seria um desperdício o clube não apostar em coisas diferentes. Como amante do desporto não poderia excluir-me”.
O lema é Desporto Para Todos. “Teremos caminhadas temáticas ginástica de manutenção para senhoras, manteremos o futsal”. Promover o todo o terreno com grupo Bate Mato, também é uma aposta. Sustentabilidade é a palavra de ordem num clube que não quer ser subsídio-dependente. “Hoje o associativismo não se compadece com carolice. Tem de haver reconhecimento do trabalho de quem dinamiza os clubes. Temos de ser mais profissionais que carolas”.
Aos 29 anos, Catarina Rondão será uma das poucas - senão a única- mulheres à frente dos destinos de um clube que, tendo um percurso vincadamente virado para o futebol, está a iniciar uma viragem. “Queremos torná-lo mais eclético. Aberto a toda a população”.
O GDV passará a centrar toda a componente desportiva de formação no futsal. Mas haverá espaço para o pedestrianismo, cultura (cinema ao ar livre, teatro e exposições são uma hipótese) e combate ao sedentarismo”.
Não sendo comum a população do interior estar familiarizada com modalidades como canyoning ou rappel e outros desportos radicais, Catarina Rondão confidencia-nos que em Valverde há condições para todas as modalidades. E fala-nos desse espírito de motivação e competitividade. “Crer na possibilidade de chegar ao topo. É isso que faz a diferença no desporto e em todo o lado.” Uma matriz que, enquanto treinadora, tenta transmitir aos seus jogadores. “Mas não é regra pois os objetivos definem-se mediante a realidade de cada grupo. Para ganhar é preciso haver motivação, dedicação e empenho”, esclarece.
Catarina Rondão já foi atleta. Começou no atletismo no Grupo Desportivo de Valverde, passou pelo Agrupamento de Escolas do Fundão e pelo Grupo de Convívio e Amizade nas Donas. Foi selecionadora distrital de futsal. Antes disso, integrou “a geração de ouro” de desportistas do distrito de Castelo Branco. Sob orientação do então selecionador distrital de futsal, Catarina Rondão, bebeu de José Luís Mendes algumas das suas competências para ser vencedora.
Joel Rocha, atual treinador da equipa de futsal sénior do Fundão, também foi um dos mestres desta antiga campeã de futsal. Ao serviço das Donas e mais tarde com as cores da Desportiva da Estação, Nelita fez parte das primeiras equipas de futsal feminino da região. Conquistou títulos. Um patamar que ainda não alcançou na sua ainda curta carreira de treinadora de futebol no Clube Académico do Fundão. Nada que a fragilize.
O caminho faz-se caminhando. Parece um lugar-comum. Mas não é! No café à mesa da Pastelaria Jardim, no Fundão, Catarina Rondão partilhou connosco o seu palmarés e as experiências mais enriquecedoras de uma vida integralmente dedicada à atividade física. Também nos contou das frustrações da professora de educação física. “É com muita tristeza e frustração que nos damos conta que estudamos para uma finalidade e um ideal de ensino que está cada vez mais distante do sonho”. Como é que chagamos aqui, perguntei-lhe. Respondeu que “o problema não é de agora, houve exageros repetidos. Os cursos de educação deveriam estar todos fechados. Mantemo-los abertos para quê? Pergunta.
Catarina é professora do ensino básico, variante de educação física, desde 2007. Acrescentou à licenciatura um mestrado em educação física. No Ministério da Educação só teve oportunidade para leccionar 7 meses e uma semana. Diante isto, está tudo dito.
Gosta de café e até lhe parece que a cafeína pode ser um bom aditivo para a prática desportiva, mas preferiu uma água fresca. “Ativa-nos antes da competição, de preferência se for tomado meia hora antes da prova”, explicou a presidente do Grupo Desportivo de Valverde (GDV).
É presidente desde 25 de Agosto. “Fui quase empurrada porque dava aulas de ginástica e manutenção às pessoas de Valverde e dei-me conta de que havia ali infra-estruturas que poderiam ser rentabilizadas. A direção cessante lançou-me o repto para eu avançar. Primeiro achei a ideia descabida, pois nunca me vi dirigente de topo, mas depois…! Valverde é a única aldeia com condições para ter de tudo um pouco. Seria um desperdício o clube não apostar em coisas diferentes. Como amante do desporto não poderia excluir-me”.
O lema é Desporto Para Todos. “Teremos caminhadas temáticas ginástica de manutenção para senhoras, manteremos o futsal”. Promover o todo o terreno com grupo Bate Mato, também é uma aposta. Sustentabilidade é a palavra de ordem num clube que não quer ser subsídio-dependente. “Hoje o associativismo não se compadece com carolice. Tem de haver reconhecimento do trabalho de quem dinamiza os clubes. Temos de ser mais profissionais que carolas”.
Aos 29 anos, Catarina Rondão será uma das poucas - senão a única- mulheres à frente dos destinos de um clube que, tendo um percurso vincadamente virado para o futebol, está a iniciar uma viragem. “Queremos torná-lo mais eclético. Aberto a toda a população”.
O GDV passará a centrar toda a componente desportiva de formação no futsal. Mas haverá espaço para o pedestrianismo, cultura (cinema ao ar livre, teatro e exposições são uma hipótese) e combate ao sedentarismo”.
Não sendo comum a população do interior estar familiarizada com modalidades como canyoning ou rappel e outros desportos radicais, Catarina Rondão confidencia-nos que em Valverde há condições para todas as modalidades. E fala-nos desse espírito de motivação e competitividade. “Crer na possibilidade de chegar ao topo. É isso que faz a diferença no desporto e em todo o lado.” Uma matriz que, enquanto treinadora, tenta transmitir aos seus jogadores. “Mas não é regra pois os objetivos definem-se mediante a realidade de cada grupo. Para ganhar é preciso haver motivação, dedicação e empenho”, esclarece.
Catarina Rondão já foi atleta. Começou no atletismo no Grupo Desportivo de Valverde, passou pelo Agrupamento de Escolas do Fundão e pelo Grupo de Convívio e Amizade nas Donas. Foi selecionadora distrital de futsal. Antes disso, integrou “a geração de ouro” de desportistas do distrito de Castelo Branco. Sob orientação do então selecionador distrital de futsal, Catarina Rondão, bebeu de José Luís Mendes algumas das suas competências para ser vencedora.
Joel Rocha, atual treinador da equipa de futsal sénior do Fundão, também foi um dos mestres desta antiga campeã de futsal. Ao serviço das Donas e mais tarde com as cores da Desportiva da Estação, Nelita fez parte das primeiras equipas de futsal feminino da região. Conquistou títulos. Um patamar que ainda não alcançou na sua ainda curta carreira de treinadora de futebol no Clube Académico do Fundão. Nada que a fragilize.
O caminho faz-se caminhando. Parece um lugar-comum. Mas não é! No café à mesa da Pastelaria Jardim, no Fundão, Catarina Rondão partilhou connosco o seu palmarés e as experiências mais enriquecedoras de uma vida integralmente dedicada à atividade física. Também nos contou das frustrações da professora de educação física. “É com muita tristeza e frustração que nos damos conta que estudamos para uma finalidade e um ideal de ensino que está cada vez mais distante do sonho”. Como é que chagamos aqui, perguntei-lhe. Respondeu que “o problema não é de agora, houve exageros repetidos. Os cursos de educação deveriam estar todos fechados. Mantemo-los abertos para quê? Pergunta.
Catarina é professora do ensino básico, variante de educação física, desde 2007. Acrescentou à licenciatura um mestrado em educação física. No Ministério da Educação só teve oportunidade para leccionar 7 meses e uma semana. Diante isto, está tudo dito.
Texto publicado no Jornal do Fundão de 26 de Setembro de 2013
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