Uma
plateia de amigos entre a assistência e os oradores que participaram no
lançamento do segundo volume do livro Crónicas
do País Relativo de Fernando Paulouro. Foi assim, na sexta-feira, na
biblioteca municipal de Castelo Branco. Das intervenções destaque para as
palavras proferidas pelo presidente da agência Lusa. Afonso Camões considerou o
novo livro mais um exemplo do “grande esforço de cidadania”. Fernando Paulouro,
apresenta um novo livro de crónicas “que mantêm uma extrema actualidade e que retractam
o preço que esta Beira paga por ser Interior”, afirmou. Afonso Camões,
enalteceu a “persistente insubmissão” que caracteriza a carreira de Fernando
Paulouro e declarou o ex-director do Jornal do Fundão como “Património Cultural
de Interesse Público”.
Numa
sessão, a que compareceram dois amigos e jornalistas espanhóis, não faltou o
elogio à “capacidade de resistência” de um homem que travou, nas páginas do
Jornal do Fundão, muitas batalhas em defesa da região. O Poeta António Salvado
revelou uma aparentemente desconhecida do grande público. “A batalha pela
construção da galeria de arte moderna no Museu Tavares Proença”.
A
geografia da Beira e os muitos projectos adiados ou concretizados marcaram a
intervenção do autarca de Castelo Branco. Numa das últimas cerimónias públicas,
antes do fim da carreira de autarca, Joaquim Morão enalteceu “um amigo cuja
disponibilidade para promover a região é total e desinteressada”. “ O Fernando ainda
não se retirou e com a sua pena ajudará a descobrir novos horizontes para a
região”, prevê Joaquim Morão. “A verticalidade” do autor foram sublinhados por
todos os oradores. Rui Jacinto, ex-presidente da CCDR do Centro, também esteve
entre os intervenientes.
Diante
tantos elogios, Fernando Paulouro diria que já “poderei morrer descansado”.
Agradeceu “as palavras fraternas ou de atenção crítica” àquilo que escreve
enaltecendo a presença dos amigos que “aqui vieram dizer coisas tão excessivas
e para elas apenas encontro a explicação da amizade”. O autor de a Crónica do País Relativo sublinhou a
importância de o novo livro ser lançado, uma vez mais, em Castelo Branco. “
Reafirmar a minha honra em ficar tão ligado a este ciclo da crónica do país
relativo”, disse sobre Joaquim Morão.
O
segundo volume do livro de Fernando Paulouro tem prefácio de Manuel António
Pina, jornalista e escritor natural do Sabugal entretanto falecido. A obra apresenta ainda um diário sobre “o
trabalho dos dias” de quem não estando regularmente nos jornais continua a
pensar uma região. Editado pela A23, o livro contém ainda um registo áudio,
compilado por João Bento, sobre os dias em que Fernando Paulouro fez da mesa
das conversas a extinta Rádio Jornal do Fundão.
Texto publicado na Rádio Cova da Beira Setembro 2013
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