sábado, maio 06, 2006

Quando a Solidariedade não é uma palavra vã....

Assim aconteceu no concerto Sons dos Sentidos
Juntou 2 mil pessoas em torno de uma causa... Criar condições económicas para a APPACDM do Fundão,ter um lar residencial.
A cidade parecia ter despertado para uma noite em muito semelhante aos ídos espectáculos da FACIF.
Foi bom.
Foi bom saber que ainda há artistas capazes de dar a mão a causas.
E enquanto não chega o próximo espectáculo a favor da APPACDM...
Fica um Bem-Haja especial à Maria Eduarda,uma fundanense capaz de pôr em prática a ideia de que "quando queremos,tudo se faz".
Deixar também a letra de uma canção do José Reis Fontão que é já um hino à APPACDM.

Valsa do Mundo

No teu olhar profundo
Sinto a alma dançar,
Ama com força o Mundo,
Serei eu sempre o teu par.

Não me importa à partida
Qual o meio de chegada;
Se levo amor desta vida,
Vai...a Vida apaixonada.

Com Valor,
Com medida,
Contra a sorte do Destino!

Guarda a Paz numa guarida,
E,ao longo do caminho,
Ri...do medo clandestino.

9 comentários:

Anónimo disse...

Quando a Solidariedade é mascarada...

Os espectáculos...caro amigo são espectáculos. Importantes é certo e principalmente quando defendem causas, mas eles não são a fase visivel da solidariedade. A solidariedade, essa palavra vã, é de facto vã quando só fica em palavras, ou melhor em espectáculos.
Acredite caro amigo, os verdadeiros heróis da solidariedade não tem rosto, nem nome, mas são aqueles que estão para além dos flashes fotográficos,dos prime-time televisvos e radiofónicos...o essencial está nos bastidores e não nas luzes da ribalta. E as causas, essas, devem partir de dentro, nunca de fora! Relembro-lhe a frase de Saint-Exupéry de que o essencial é invisivel aos olhos. Fica apenas esta nota de muitas notas que se poderiam dar: vejam e comuniquem a solidariedade para além do que vêm.
A verdadeira solidariedade está aí e provavelmente não se compadece com agradecimentos pessoais...a maioria das vezes esquecem-se do essencial: as pessoas, em prol das causas e acima de tudo do protagonismo das luzes da ribalta...
O homem na generalidade ainda não cresceu o suficiente para entender e viver o verdadeiro sentido da solidariedade. E depois vivemos encantados com solidariedades sem sustentabilidade e acima de tudo de respeito para quem de pleno direito deveria merecer solidariedade...
Enfim quando se poderia dizer.

um abraço sem rosto e sem nome de quem procura viver a solidariedade para além dos espectáculos.

João C. Santos disse...

deixei de acreditar na solidariedade que nos invade todos od dias em jornais e televisão...para mim não passa de publicidade, puro e sujo interesse...
Concordo com o desconhecido, existem os sem rosto...esses sim deixam-me a pensar....

MS disse...

Vim agradecer o teu olhar em meu espaço de alguns sentires!

Independentemente dos comentários q recebeste ao teu post, fica tranquila!

Se a tua sensibilidade te ditou acreditar nessa iniciativa, é tua liberdade dar-lhe 'rosto'...

saudações

Dulce Gabriel disse...

Não entendo porque razão continua a haver pessoas cobardes e incapazes de dar a cara,mesmo quando é para denegrir o esforço de outros,por sinal bem sucedidos,como foi o caso da Maria Eduarda.

Anónimo disse...

Cara Dulcineia, QUEM TU ÉS NÃO IMPORTA (OU SERÁ QUE IMPORTA?)

Palavras fortes e agressivas caríssima Dulcineia, a que utilizou para quem comentou / expôs a sua opinião e sentimento sobre a solidariedade: “cobardes e incapazes de dar a cara” e além disso não me pareceu que a pessoa em questão quis “denegrir o esforço de outros” como refere.

Também eu, darei a minha opinião ao seu post, anonimamente.
Será que serei acusado de cobardia e incapaz?

Deveríamos ser livres de expressar os nossos sentimentos, opiniões sem a pressão e influência dos outros.
Infelizmente é o que acontece. Quantas influências cegas e mudas porque se defendem acerrimamente grupos, causas, ideias... sem a flexibilidade, humildade e atitude reflexiva e de distância que devem ser sinal de inteligência e sabedoria.

Ainda hoje as noticias relatavam que funcionários das nações unidas usaram e violentaram crianças e jovens em troca de comida.
E isto faz-me desacreditar na esperança, na solidariedade? NÃO!
Apenas reflectir que este problema tem muitas faces, muitos rostos e muitas histórias…e que a bondade vai sempre para além das opiniões intelectuais.
Depois quem experimentou a solidariedade habitualmente silencia as palavras e faz eco das acções.

As palavras nem sempre são a medida da acção.
Ás vezes são apenas sentimentos desarticulados da realidade, da verdadeira realidade.
Já viu, atentamente, as reportagens sobre os missionários: príncipes da paz, que está a passar na RTP 1? Vale a pena ver e pensar! Elas remetem-nos para aquilo que a pessoa anónima falou e de que eu partilho; os heróis não têm nome nem rosto. E como diz Joca “esses sim deixam-me a pensar....”

Certamente que se a sua sensibilidade lhe ditou acreditar nessa iniciativa (e ainda bem), foi/é sua liberdade dar-lhe 'rosto', como refere miosótis…mas Dulcineia, serão cobardes os que se escondem das luzes da ribalta e dão o rosto nos bastidores, onde aí, sim, se vive a verdadeira solidariedade.

A solidariedade não precisa de rostos e nomes…e numa causa para além de um nome, como refere não estarão outros nomes, outros rostos…?
Sabe? As estátuas fazem-me pensar, porque os heróis dessas causas/guerras…vão muitas para além dessa estátua…por vezes, a maior parte das vezes, os heróis foram todos os outros que estão para além dessa estátua.

Não conheço a pessoa (anónima) de quem fala, mas partilho da sua ideia: uma causa é sempre o resultado do esforço de muitos, e não de um só, como o fez transparecer.

Dulce Gabriel disse...

Compreendo a sua revolta com a terminologia,mas perceba que na solidariedade como no resto é preciso não confundir a árvore com a floresta.
E a atitude de Maria Eduarda em reunir artistas para uma causa tão nobre como melhorar os dias dos utentes de uma IPSS para pessoas com deficiencia é de LOUVAR.
De todo o modo,mea culpa!!!!!

Anónimo disse...

Numa noite assim, com tanta gente boa, não me atreveria a citar ninguém em particular. Porque o aplauso é colectivo como de todos é a causa. Por estas palavras, como no poema de Eluard, ficam os rostos e os sorrisos dos meninos da appacdm que desfilaram pelos ecrãs do espectáculo. E ficam as flores por eles distribuídas aos artistas, tributo de um mundo limpo, um tempo de manhãs claras e de meninos de alegria poisadas nas horas “ver o sol chegar”

Fernando Paulouro Neves, in Jornal do Fundão, 11 de Maio de 2006.



Felizmente, Há HOMENS que escrevem assim! São Homens que estão para além do seu Tempo, porque espelham sentimentos nobres e espalham palavras eloquentes, de bom senso e respeito, que nos desafiam a reflectir e a questionar os passos de cada dia.

Felizmente, Há JORNALISTAS capazes de nos fazer acreditar na palavra SOLIDARIEDADE, porque partilham essa solidariedade.

Felizmente, Há JORNALISTAS que não se atreveram “a citar ninguém em particular”, porque esta (ou outra causa similar) é de TODOS.

Felizmente que HÁ JORNALISTAS/PESSOAS que publicamente, através de um jornal, souberam aplaudir TODAS AS PESSOAS, e em especial, destacar “os rostos e os sorrisos dos meninos da appacdm”, que normalmente são esquecidos e apenas lembrados em determinadas circunstancias.

Fica, um abraço, do primeiro anónimo que partilhou uma opinião/sentimento, e que despelotou uma pequena onda de opiniões

Um obrigado a todos os que expressaram os seus pensamentos e sentimentos neste seu espaço. É salutar a diversidade de opiniões, não lhe parece? Ajudam-nos a olhar para além do nosso pequeno mundo.

Um bem haja ao segundo anónimo. Felizmente há anónimos que falam (e quero crer) que fazem muito pela Solidariedade, para que ela não seja a tal palavra vã e vá para além das palavras.

Também a si, Dulcineia, um bem-haja pela divulgação do evento (caso não fosse não estaríamos aqui) e pelo seu reconhecimento/mea culpa.

Tal como as pessoas têm muitas faces, a floresta tem muitas árvores. Mas nenhuma é mais importante que a outra, pois todas na realidade fazem a floresta.

Tal como num espectáculo, como referiu, e muito bem o jornalista Fernando Paulouro Neves, “…o aplauso é colectivo …de todos é a causa.”

Ah, caríssima Dulcineia… as minhas desculpas (se assim entender) de ter voltado ao seu blogue.
Mas não resisti à magnificência do artigo de opinião do Jornalista Fernando Paulouro. Senti que era mais um contributo, e credenciado, a uma opinião de um mero cidadão anónimo que não conhece as pessoas e a causa (“as boas e justas causas” ), em questão, mas que foi parar ao seu blogue por mero acaso, procurando apenas, e tão só, uma opinião pessoal.

Um abraço, e até Sempre!

Dulce Gabriel disse...

Fico feliz por saber que afinal também partilha das mesmas causas que nós.Mais contente fiquei por descobrir que também lê o Jornal do Fundão.
Volte sempre
A sua opinião é sempre bem vinda,mesmo que não o/a tenha AINDA conseguido identificar...
É que
Eu gosto mais de saber quem somos.
E quanto ao resto,lá nos encontraremos noutras festas para ajudar as grandes crianças que são os utentes da APPACDM do Fundão.

Å®t Øf £övë disse...

Dulcineia,
Mas que grande troca de ideias que por aqui andou...

LoL

Beijinhos.

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