Fracções de memórias passadas. Tempos idos e diluídos na espuma dos dias. A actualidade desta Beira que é a nossa!
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Gardunha Viva
A "Gardunha Viva",é uma jovem associação da minha região e que está muito bem lançada na área do montanhismo,pedestrianismo e escalada.Nasceu na década de 90,no Clube Académico do Fundão e logo nos primeiros anos começou a afirmar-se na prática de desportos de montanha.Cresceu e criou o seu próprio espaço. O projecto orgulha qualquer sócio.Mesmo se for distraído como eu.Agora que a "Gardunha Viva",completou mais um aniversário,achei por bem deixar no sítio certo o reconhecimento que é dever de qualquer jornalista,também fazer.E não foi um elogio público ao acaso,para os amigos de outros carnavais,acampamentos e expedições...Tratou-se apenas de divulgar as potencialidades de um projecto que representa o sonho desportivo de pessoas como o Alfredo Abrantes.O Nelo,para os amigos.Parabéns à Associação de Montanhismo do Fundão,por ser mais um expoente da nossa terra,no país e no estrangeiro.
quinta-feira, dezembro 08, 2005
Cheira a Natal...Apetece ser criança.
Faltam poucos dias para a festa da familia,a festa das crianças,o brilho do novo Natal.Chamo-lhe novo,porque estas comemorações religiosas tém quase tudo menos o original,a mensagem e valor sentimental que me ensinaram a ver na comemoração do nascimento de Jesus.Mas também já pouco importa,hoje vivo outro Natal...Um acontecimento que perdeu a magia dos meus antepassados mas ganhou a cor e alegria que as minhas crianças lhe dão.As minhas e as de todo o mundo.É graças aos mais pequenos que o Natal ainda tém algum brilho.Ainda hoje,foi reconfortante ver a felicidade destes meninos de tenra idade saltarem á volta da árvore de Natal que ajudaram a colocar de pé.É muito divertido ver os mais pequenos opinarem sobre o Natal e o mistério que ainda não desvendaram da chegada das prendas e do Pai Natal.A inocência destas crianças é contagiante.Nestes dias em que o espírito do Natal começa a entrenhar-se,apetece recuar uns anos,muitos anos e voltar a ser menina.Nessa condição,os meus dias seriam,seguramente,muito mais tranquilos.
domingo, dezembro 04, 2005
Peditório.
Quando saímos à rua,para passear ou para fazer compras,passamos os dias a tropeçar em individuos que não sabem fazer mais nada que não seja pedir...chorar de corcodilo...contar histórias mirabolantes e nós sempre a abrir o porta moedas.Em tempos ainda cheguei a pensar que este problema social era apenas uma realidade das grandes metrópoles.Por estes dias,dei-me conta de que este problema não só chegou ás cidades do Interior,como está a tornar-se um verdadeiro pesadelo para quem anda a fazer compras.E nesta época de constante consumo,é vê-los à porta dos hiper-mercados,centros comerciais e foruns de "bandeja na mão",sempre à espera de mais um "parvo"que deixa mais uns euritos. Ele são os voluntários do Banco Alimentar contra a fome,os representantes dos escuteiros,a igreja não sei das quantas,a instituição de apoio a carenciados e toxicodependentes,os cegos,a escola tal que vais fazer uma festa de Natal...Xiça tenham dó.Não há boa vontade que resista a tanto chamamento e solidariedade.Há dias até encontrei um tipo que teve a lata de me pedir 0,50 euros para tomar um café!Hoje decidi dar um basta e não volto a ouvir seja quem fôr.Paga o justo pelo oportunista.
quarta-feira, novembro 30, 2005
Arruada do 1ª de Dezembro-Tradição imemorial é esta noite.
Faltam poucas horas para voltarmos a "encorrer"os Espanhóis. O ritual repete-se todos os anos na cidade do Fundão e ninguém sabe desde quando é que ás 12 badaladas da meia-noite de 30 de Novembro para 1 de Dezembro a população sai à rua para celebrar a Nação. É uma manifestação colectiva que já na década de 50 existia, desde há muitos anos. Hoje e em cada ano que passa ganha novos adeptos. O cortejo, em memória da Restauração é também um encontro de gerações e no século XXI,são muitos os jovens que já sabem entoar as quadras do hino do "homem das Barbas Ruças" e o hino da Restauração. As palavras são sempre acompanhadas pela Banda Filarmónica de Aldeia Nova do Cabo. Ainda não há muitos anos era a Banda da Associação Desportiva do Fundão a dar o mote para celebrar a independência nacional. Perdeu-se a banda da ADF mas não morreu a tradição nem o estribilho e por isso,o Fundão volta esta noite a celebrar PORTUGAL. |
terça-feira, novembro 29, 2005
O Pedro que afinal é Paulo.
É uma história surreal, mas reveladora da competência dos funcionários que os serviços desconcentrados do Ministério da Justiça têm por esse país fora. Então é assim: O Pedro, quando nasceu foi registado com esse nome... tirou o BI, renovou-o e coiso e tal mas nunca se tinha dado conta de que a inteligência que o registou na conservatória lhe atribuiu outro nome, que não aquele que a família tinha escolhido. Resultado: O rapaz foi há dias pedir uma certidão de nascimento e, na cidade berço, disseram-lhe que afinal não era Pedro mas Paulo. Agora, o indivíduo tem um molho de problemas para resolver e na conservatória da sua terra Natal, ninguém apresenta solução para o imbróglio, nem assumem o erro. A ordem é para o Pedro solicitar aos serviços do Ministério da Justiça a mudança de nome de Paulo para Pedro, lol. Agora digam lá que este não é um verdadeiro flagrante delírio da nossa administração pública. Bom, temos um Pedro que anos depois de nascer descobre que afinal é Paulo, mas só nos arquivos de registo civil... Enfim, vamos divulgar o caso que envergonha qualquer Portuga. Talvez o Provedor de Justiça ou alguém se dê conta desta falta de decoro.
segunda-feira, novembro 28, 2005
E a serra aqui tão perto # 2
sexta-feira, novembro 25, 2005
terça-feira, novembro 22, 2005
Desilusão
Hoje trago-vos palavras de desalento,decepção,desilusão por tudo aquilo em que apostei.
Parece um discurso miserabilista,acredito.Aceito que assim me interpretem.Mas hoje,aliás,os dias tem sido pior que maus.Não imaginam o que é passar uma carreira a fazer fé num projecto que nasce torto e que tarda em se endireitar.O pior de tudo é quando concluimos que afinal gastamos anos das nossas vidas a dar o melhor por um projecto falhado.
Nestes momentos apetece-me desaparecer deste cantinho.Procurar quem me entenda.Abraçar novos desafios,pessoas,enfim....
Como eu preciso de uma palavra de encorajamento para fazer as malas(allô Art off Love!A frase é tua) e partir á conquista de novos horizontes.Talvez seja a monotonia dos dias...ainda que se diga que a vida de repórter é movimentada qb.Uma pessoa muito minha querida(Xana),ensinou-me um dia que devemos dar um novo rumo á vida,sempre que entramos em fase de saturação.Há muito que atingi esse estado de insatisfação,agora só não sei é se vou conseguir descobrir uma luz ao fundo do túnel...
Parece um discurso miserabilista,acredito.Aceito que assim me interpretem.Mas hoje,aliás,os dias tem sido pior que maus.Não imaginam o que é passar uma carreira a fazer fé num projecto que nasce torto e que tarda em se endireitar.O pior de tudo é quando concluimos que afinal gastamos anos das nossas vidas a dar o melhor por um projecto falhado.
Nestes momentos apetece-me desaparecer deste cantinho.Procurar quem me entenda.Abraçar novos desafios,pessoas,enfim....
Como eu preciso de uma palavra de encorajamento para fazer as malas(allô Art off Love!A frase é tua) e partir á conquista de novos horizontes.Talvez seja a monotonia dos dias...ainda que se diga que a vida de repórter é movimentada qb.Uma pessoa muito minha querida(Xana),ensinou-me um dia que devemos dar um novo rumo á vida,sempre que entramos em fase de saturação.Há muito que atingi esse estado de insatisfação,agora só não sei é se vou conseguir descobrir uma luz ao fundo do túnel...
segunda-feira, novembro 14, 2005
Á descoberta da Maúnça.
Hoje trago-vos uma proposta para um passeio em terras do xisto.Mas também pode ser por terras do castanheiro.Bonitas paisagens,mesmo estando a falar de uma zona que não foi poupada aos incêndios do último Verão.É um lugar onde reina o sossego.Até parece que estamos mais próximos do céu.A serra da Maúnça,no concelho do Fundão,fica entre a Gardunha e a Estrela.Chegar até lá não é dificil e quem tem boca vai a Roma. Este lugar de encanto vale por tudo e agora com as cores do Outono,ninguém lhe fica indiferente.Depois tem a gastronomia a partir de produtos genuínos. E as pessoas...generosas, são de uma simplicidade ímpar.No sopé da Maúnça estão pequenos aglomerados habitacionais.É o caso do Açor,terra de gente boa e cheia de vontade de colocar a Maúnça na rota dos locais de passagem obrigatoria,se de turistas estivermos a falar.A confiança destas pessoas é salutar.Agarradas ás origens estas gentes acreditam nas potencialidades da sua terra.Ainda este fim de semana deram provas dessa confiança, ao realizarem mais uma mostra de artes e sabores da Maúnça.Entre a degustação e o divertimento,não faltaram as largas centenas de pessoas que acreditam poder fazer do Açor uma aldeia cheia de vida.A mostra voltou a ser um verdadeiro sucesso e neste capitulo,permitam-me que deixe aqui uma palavra de gratidão para com o Daniel Gil.O rosto dos pastores do Açor é também um exemplo de tenacidade,uma prova de como quando temos força de vontade,o sonho está ali,ao virar da esquina.A mostra de artes e sabores da Maúnça é um bom exemplo.Fica o registo e o convite para a descoberta de mais este cantinho da Beira Interior.BOA SEMANA. |
sexta-feira, novembro 11, 2005
Quanta saudade
"Há pessoas que passam e levam um pouco de nós,outras passam e deixam um pouco de si".A frase está gasta mas cai-me que nem uma luva se pensar que Xana é demasiado importante para os dias de uma mulher sempre apaixonada por alguma coisa que a faça continuar a sorrir e a esquecer que muitas vezes a vida é madrasta. Não é fácil gerir um turbilhão de sentimentos e sobressaltos,quando para sobreviver a tanta emoção temos de nos agarrar a algo de muito positivo.É aqui que a figura de Xana ganha uma dimensão incomensurável.A grandeza da pessoa é de tal ordem que me é cada vez mais dificil gerir a distância que desde sempre nos separa.É bem verdade que a saudade pode sempre ser compensada com mais uma mensagem,um telefonema ...mas isso já não chega para apagar a dimensão do desejo de estarmos juntos. Apesar da amargura que é ter de passar os dias longe dos olhos de Xana,agarro-me ao facto de saber que afinal Xana não é uma pessoa qualquer,mais uma amizade igual a tantas outras que cruzam as nossas vidas...Xana é tão especial que não caberiam na rede todos os sinónimos que ajudam a dizer o quanto queremos uma pessoa.BOM DIA XANA. |
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